A primavera trouxe consigo algumas temperaturas bem elevadas. O calorão não está passando despercebido e nem faz questão disso. Ao contrário, dá pra sentir na pele os incômodos provocados pelo calor. Mas, o que fazer para amenizar um pouco os efeitos desse período que só tende a encalorar ainda mais? Ventilador no máximo, ar condicionado bem gelado e, claro, muita água para hidratar. Além de tudo isso, entretanto, uma dica bem saborosa é se lambuzar o quanto for possível de sorvete!

A origem desta iguaria é cercada de incertezas. Dizem que no império persa já havia sorvete. Outros contam que Nero, imperador romano do século primeiro da era cristã misturava coberturas de frutas com a neve e o gelo trazidos a Roma. Mais tarde, na China, o imperador King Tang misturava leite com gelo, o que transformou a delícia nos moldes mais parecidos com os atuais. E, assim, pouco a pouco o sorvete foi se espalhando pelo mundo, ganhando novas cores, formatos e sabores.

Quando criança, eu me imaginava morando dentro de uma sorveteria. Pensava que, se meus pais fossem sorveteiros, eu daria um baita prejuízo. Já pensou? Passar a noite degustando os mais variados tipos? Acho que não seria uma boa ideia para os negócios da família. As memórias que tenho da minha infância são de me esbaldar com os sorvetes de caseiros de coco que minha avó Clarice fazia ou com os picolés de chocolate que íamos comprar na Casa de Massas Bom Paladar, que ficava a meia quadra da casa dela.

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. | Foto: Pixabay

Ou, então, quando eu estava na avó Irene, subíamos ali no Bosque Central e passávamos a tarde brincando na pista de caminhada, no parquinho que tinha por ali e, claro, degustando aqueles sorvetes tipo italiano que vendiam nas barraquinhas, anos mais tarde fechadas não me recordo por que. Ou, então, dos picolés de limão que comprávamos na feira da Av. São Paulo, aos domingos de manhã. Era uma diversão poder passear por ali.

Anos mais tarde, minha mãe aprendeu a fazer um sorvetão com três camadas, conhecido também como torta de sorvete. Acho, inclusive, que a receita era da mãe dela, a avó Irene. Virou uma das sobremesas favoritas, que adaptamos ao nosso gosto e fazemos apenas duas camadas, de leite condensando e de bastante chocolate. Dá pra fazer uma calda de caramelo para adoçar ainda mais. E nesse calorão é sempre bom ter um sorvetinho reservado ali no congelador de casa, não acha? Para refrescar durante o dia, para apreciar na sobremesa ou para assaltar a geladeira durante a noite. Você aí, gosta de sorvete?