É italiano e tradicional, mas, o gostoso mesmo são as versões que inventaram. Confesso que não sou muito fã do panetone, entretanto, ao mesmo tempo, acredito que é um item indispensável nessa época do ano. Acho que ele precisa estar na ceia natalina, no café da manhã do dia de Natal e, até mesmo, no Ano Novo. Mesmo que não seja o maior protagonista das comilanças, é um bom coadjuvante. E agrada muitos paladares, inclusive os mais “infantis”, de modo especial quando vem recheado de chocolate ou doce de leite. Quem não gosta?

Criado em Milão, no noroeste da Itália, por um “erro” do padeiro, o panetone hoje tem a receita “protegida por lei”. Dizem que Toni, então padeiro, estava muito cansado quando foi preparar uma receita de pão e outra de torta e acabou colocando as frutas, ingredientes da torta, na massa do pão. No fim das contas, o erro virou uma nova iguaria, que tem uma receita clássica e tradicional com ingredientes mínimos específicos, determinados por lei. Claro que o panetone, que chegou ao Brasil junto com os italianos, ganhou inúmeras versões.

Todavia, a receita clássica leva uma massa doce de pão com fragrância de baunilha e recheio de frutas secas cristalizadas, como damasco, mamão, laranja, limão, maçã, cidra e uva passa. Nem todos os panetones incluem toda essa variedade. Pensando bem, essa combinação já me remete a um bom cafezinho de manhã ou no fim da tarde. Ou, ainda, quem sabe, com um bom espumante na noite de Natal. Afinal, quem disse que o panetone não harmoniza com um Prosecco italiano? O vinho espumante é produzido na região do Vêneto e de Veneza, então, não há dúvidas de que um harmoniza com o outro.

Só que eu adoro mesmo é degustar as versões achocolatadas, os famosos chocotones. Não sei quem foi que inventou, mas, tenho certeza de que foi um brasileiro. E mandou muito bem. Porque hoje é possível preparar essas delícias com chocolate, com Nutella, com chocolate branco, com todos os tipos de marcas diferentes, até mesmo com doce de leite. E aí, sim, dá para degustar bem degustado com um cafezinho preto delicioso. Tudo bem que a gente precisa dobrar o nível do exercício físico depois, mas, vale a pena cada mordida.

Nesse Natal, presenteie alguém com um panetone. Não é feio levar um item desses na casa onde você passará a ceia natalina ou o almoço do dia 25. Poderíamos, inclusive, normalizar o panetone ao longo do ano. Por que não? Cinco anos atrás eu jamais diria isso, mas, hoje, defendo que o que é bom não precisa ser exclusivo de uma época só.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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