Mais de dez horas de escala em Frankfurt são um convite mais que tentador para uma visita rápida ao centro da cidade. Afinal, já que era preciso esperar o voo, melhor fazê-lo andando pelas ruas, conhecendo a arquitetura, a catedral, o rio, as lojas, o calçadão e a cultura alemã. De fato, é tudo muito lindo, diferente, organizado. Mas, sobretudo, a gastronomia. Com inúmeras iguarias típicas, ficou difícil ter de escolher qual delas degustar em tão pouco tempo.

Eu juro que tentei parar no meio da rua, depois de andar praticamente o dia inteiro, para tomar uma baita duma cerveja alemã. Entretanto, no primeiro restaurante que me sentei, eu só podia tomar a cerveja se fosse comer alguma coisa. E não era o caso, porque o “almoço” seria mais tarde. Estranho. Infelizmente, tive que me levantar e procurar outro lugar para apreciar a cerveja.

Atravessei a rua, onde o garçom me indicou um local onde eu poderia apenas beber. Sentei-me na mesa e o aviso no cardápio indicava que só se poderia pagar com dinheiro. Como eu só tinha levado cartão, tive de me levantar e ir embora. Desisti da cerveja, mas, eu não poderia deixar a Alemanha sem experimentar algo típico.

Escolhi o pão com salsicha. Chamada de Bratwurts, a salsicha é preparada com carne de porco, de vaca ou, algumas vezes, de vitela. Normalmente, podem ser cozidas em caldo, fritas ou assadas. A que eu escolhi era assada. E veio servida num pão gostoso, mas, seco. Ou seja, sem qualquer molho ou acompanhamento. O máximo que te oferecem é catchup e mostarda.

Esse tipo de sanduíche é muito comum entre os alemães. Aliás, é tido como uma comida de rua, daquelas que você compra para comer entre um compromisso e outro. Às vezes, até come em pé, por ser considerada uma refeição rápida, antes ou após um compromisso. E como não obtive sucesso com a cerveja, optei por um vinho alemão, bem mais a minha cara. Um vinho branco, daqueles que os alemães são especialistas em preparar. Delicioso, combinação perfeita.

Agora, vou precisar de mais uns dias para poder apreciar melhor as iguarias alemãs. Para além das poucas horas de escala, acredito que será preciso reservar uma ou duas semanas em terras germânicas para, de fato, um roteiro gastronômico à altura da variedade e diversidade da culinária.