Eu não gostava de cerveja. Até descobrir um universo surpreendente, artesanal e especial. Também, pudera. A qualidade da bebida aumentou nos últimos anos e o paladar está se acostumando a itens mais elaborados, complexos e gostosos. Ficou para trás o tempo em que só tínhamos como opção água com milho, o que ainda existe no mercado, infelizmente. Entretanto, o leque de possibilidades é tão grande que ainda temos muito o que descobrir!

Por isso, celebrar hoje o Dia Internacional da Cerveja (comemorado toda primeira sexta-feira de agosto) ganha contornos diferentes. A data tão recente, criada apenas em 2007, contrasta com a longeva história da bebida, que remonta há milhares de anos. Alguns historiadores dizem que a cerveja tem origem cerca de 7 mil anos atrás, no Egito Antigo. Outros, afirmam que ela é ainda mais velha, com aproximadamente 10 mil anos. Não há consenso em relação à idade. O que todos concordam é que, hoje, ela é indispensável ao nosso consumo.

A cerveja, de fato, é um alimento
A cerveja, de fato, é um alimento | Foto: Pixabay

Mas, a faceta moderna como nós conhecemos, principalmente, a das cervejas artesanais, desenhou-se a partir da Idade Média, com a produção monástica, servindo de alimento no inverno. Destacam-se países como a Bélgica, a Holanda e outros europeus como a Inglaterra e Irlanda. É esse tipo de cerveja que foi aprimorado e se transformou nas queridinhas dos mestres cervejeiros de hoje, que incrementaram a bebida e potencializaram seu consumo.

Dizem que cerveja boa mesmo é aquela que tem água, malte de cevada e lúpulo. O resto é dispensável. Tem quem acrescente laranja, pimenta, café, chocolate e tantos outros acessórios que extraem sabores deliciosos e aromáticos. Descobri esse universo com meu primo Douglas Salvador, entendido do assunto e que tem um e-commerce de cervejas artesanais e especiais em Curitiba, o Clube do Malte.

Depois, aqui na terra roxa, já frequentei o Mestre Cervejeiro (acho que não existe mais), a Casa Von Borstel e a Cerveja Amadeus, essas duas últimas no meu radar desde o início de cada uma delas. Diferentemente do vinho, que meu organismo já está bem acostumado e aguenta incontáveis tacinhas, a cerveja desce em doses menores, não menos saborosas. Isso porque, de fato, é um alimento.

São os amigos que me apresentam as variedades de rótulos. E as possibilidades de harmonização, as quais tenho muito que aprender ainda. Mas, pelo pouco que conheço desse mundo, gosto muito do que tenho visto. O que quero saber é: qual o próximo convite para uma boa cerveja?