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Cláudio Humberto 5m de leitura

Cláudio Humberto

ATUALIZAÇÃO
14 de março de 2012


AUTOR



"No nosso governo, não há criminalização das causas sociais"
Novo ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), petista que é aliado do MST

Dilma agora quer definir o presidente do Senado
Como se não bastasse a troca atabalhoada dos lideres do governo, a presidenta Dilma resolveu tomar decisões da política interna do Legislativo, influindo na eleição do presidente do Senado. Ela disse ao novo líder, Eduardo Braga, que prefere o ministro e senador Edison Lobão (PMDB-AM) substituindo José Sarney na presidência. Em tom de fofoca, Braga logo contou a novidade aos principais interessados, causando estupefação: Renan Calheiros é pré-candidato do PMDB.

De volta ao Estado
Dilma disse ao líder do governo, segundo ele relatou a senadores, que Renan Calheiros seria "um ótimo candidato a governador de Alagoas".

Bolas trocadas
A presidenta trocou as bolas, porque o projeto de Edison Lobão é disputar o governo do Maranhão, e o de Calheiros é presidir o Senado.

Batendo chapa
O líder de um partido governista fez as contas e concluiu: "Renan tem votos para vencer qualquer candidato preferido por Dilma".

É morcego
Um senador do PMDB definiu a troca de líder do governo na Casa: "Dilma quis fazer um beija-flor, mas acabou produzindo um morcego".

Dilma rejeitou cinco indicações e o PR rompeu
O novo Líder do Governo no Senado, Eduardo Braga, experimentou o primeiro fracasso: sete senadores PR romperam com o governo. O PR decidiu isso após Dilma recusar os cinco nomes sugeridos para o cargo de ministro dos Transportes: o presidente do PR-BA, Cezar Borges, e os deputados Wellington Fagundes (MT), Luciano Castro (RR) e Milton Monti (SP) e o vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues.

Gota d'água
Líder do governo, Eduardo Braga é inimigo do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM), e sua escolha foi decisiva no rompimento.

No balcão
O líder do PR, Lincoln Portela (MG), diz que o partido continuará "independente" na Câmara: "O diálogo está aberto com o governo".

Cabra de fé
Eleito ontem presidente, o ministro Carlos Ayres Brito é o único nordestino no Supremo Tribunal Federal. Assumirá em 19 de abril.

Chumbo trocado
O Brasil começou antes do prazo a reciprocidade com espanhóis. Um deles contou ao jornal La Vanguardia que foi "mal tratado" e barrado em São Paulo: exigiram visto de trabalho para participar de uma feira. O jornal teme uma "barreira" contra jovens buscando emprego no país.

Trapalhona irada
A presidenta Dilma ficou uma arara com as criticas à sua inabilidade na troca de líderes. Preocupada com a trapalhada, ficou de cara amarrada durante a posse do ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário).

Agora é tarde
Dilma só soube ontem que, à exceção de Renan Calheiros e Romero Jucá, um único senador poderia pacificar a base aliada: Valdemir Moka (MS). Tem bom trânsito nas duas alas do PMDB, no PT e na oposição.

Repeteco
O governo do DF soube que a polícia civil do governo tucano de Minas tenta envolver o governador petista Agnelo Queiroz em favorecimento de laboratório farmacêutico, quando foi diretor da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa já investigou e descartou a acusação.

Sacrifício familiar
Após a posse, caiu a ficha e o ministro Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) confessou a tristeza: agora não poderá visitar toda semana a sua cidade, Caxias do Sul (RS), onde permanecerão a mulher a filha.

Ele tem a força
O voo 6225 Salvador-Brasília, das 9h de ontem, atrasou quase 1 hora, com a Avianca procurando passageiro para trocar com o governador Jaques Wagner (PT-BA), que precisava embarcar. Wagner entrou no avião debaixo de uma grande vaia e desembarcou correndo no DF. 

Justiça de pijama
Punido com aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça, o ex-desembargador do Tribunal de Justiça do RJ Roberto Wider desistiu de recorrer. Vai curtir a aposentadoria em paz.

Mão amiga
O Brasil doou US$50 mil para reconstruir a cidade de Biser, no sul da Bulgária, assolada por uma enchente que matou dez pessoas, mês passado. O pai de Dilma era búlgaro, e ela visitou o país, em 2011.

Pergunta proibida
Depois dos cigarros "com sabor", a Anvisa também vai proibir parlamentares de viajar em jatinhos dos planos de saúde?

PODER SEM PUDOR
O lobby dos enforcados
Em 1988, uma comitiva do Ministério da Indústria e Comércio tentava com o governo Saddam Hussein quitar dívidas de US$ 2 bilhões com empresas brasileiras, entre elas a Mendes Júnior. Ressabiado, o deputado da extinta Arena Israel Pinheiro avisou ao ministro Roberto Cardoso Alves:
- O pessoal do Saddam que saber mais do "contrato dos enforcados".
Pergunta daqui, pergunta dali, "Robertão" matou a charada: Saddam mandou enforcar funcionários iraquianos subornados pelos brasileiros.
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Com Ana Paula Leitão e Teresa Barros
www.claudiohumberto.com.br

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