“A prática leva à perfeição.” Você, eu e todo o mundo crescemos ouvindo isso. Mas quem me conhece, sabe que eu não farei uma apologia a este pensamento.

A verdade é que a prática torna permanente qualquer coisa certa ou errada.

Praticar algo de modo errado, me levará a fazer esta coisa sempre de modo errado. E quando eu descobrir isso, terei de desaprender o errado para aprender o certo. Dificílimo! Porque aquele modo já estará enraizado em mim.

A melhor garantia está em aprender certo desde o começo. Como? Com orientação de quem sabe. E jamais lançar-se a fazer por si mesmo.

Mozart foi um grande pianista e compositor. Começou aos três anos. Seu pai era músico profissional e o conduziu à técnica desde o primeiro contato com o instrumento. Foi talento amplificado pela técnica. O resultado disso, sim, foi a perfeição.

Veja o que o funcionário de uma empresa importante me disse por e-mail: “Estou na minha quinta semana empregado aqui e, embora goste muito do trabalho e dos colegas, não recebi nenhum treinamento até agora. Acho que eles querem que eu trabalhe com independência, mas temo que vou acabar aplicando as minhas habilidades de um jeito que não é consistente com os processos da empresa. E depois? Vou ser penalizado e talvez até demitido. Vai acabar sendo perda do tempo deles e meu.

”Caro leitor. Pense em tudo isso. Jogue no lixo o pensamento de que qualquer prática leva à perfeição. Eu, da minha parte, estou aqui para lhe dizer: trabalhe até acertar. E depois, pratique até conseguir não errar mais – contando, é claro, com alguém que o treine a fazer certo desde o começo.