Eu não assisti à série Seinfeld quando foi lançada, em 1989. Fui conhecê-la recentemente e me tornei fã de carteirinha das 9 temporadas deste sitcom.

Em um dos episódios mais interessantes, chamado “The Opposite”, George Costanza melhora surpreendentemente sua vida fazendo o oposto de tudo o que normalmente fazia. Começa quando Jerry lhe diz: “Se todos os seus instintos estão errados, então o oposto teria de estar certo”. E é o que acontece.

Viktor Frankl, o grande psicólogo sobrevivente do Holocausto, tratava pacientes com fobias ou hábitos neuróticos usando um método que chamou de “intenção paradoxal”.

Se o paciente não conseguia dormir, a terapia usual indicava algo óbvio, como o relaxamento. Em vez disso, Victor Frankl estimulava o paciente a tentar não adormecer. Ele descobriu que tirar o foco do problema desviava a atenção obsessiva do paciente e, depois de um tempo, lhe permitia dormir normalmente.

A ideia é que, por vezes, os nossos instintos ou hábitos ficam presos a um padrão ruim de execução e esse padrão nos afasta daquilo que poderia ser um resultado satisfatório.

Eu não tenho o intuito de lhe aconselhar a jogar fora tudo da sua vida, porque tenho certeza de que muitas coisas estão funcionando – como espero ser a leitura desta coluna.

A proposta que lhe faço é observar quais são os padrões que se repetem em produzir resultados desagradáveis ou negativos na sua vida, carreira ou nos relacionamentos e tentar inverter o modo como você os desempenha. Romper esses padrões pelo oposto pode ser o caminho para a conquista de novos horizontes e metas que até agora não foram atingidos.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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