Uma sociedade de negócio exige uma lista nada modesta de ressalvas e cuidados especiais. Se, além disso, as diferenças entre os parceiros forem gritantes, a aliança tenderá a distorções ainda maiores, e o resultado será conflito.

Há mais de 2.500 anos, um filósofo contava histórias aos atenienses. Seu nome era Esopo. Uma delas desperta a atenção sobre esse tema. Ei-la:

“Uma novilha, uma cabra e uma ovelha fizeram uma sociedade com o leão a fim de aumentarem o abastecimento de madeira no lugar onde viviam. Implantaram o negócio e conseguiram muitos ganhos. O dia da partilha chegou. Os lucros foram divididos em quatro porções iguais, como rezava o contrato.

Chegou o leão diante de seus sócios e fez as seguintes considerações:

- A primeira parte dos lucros é toda minha, cabe-me por direito, pois este é o combinado entre nós. A segunda também me cabe, pois sou o rei da floresta e todas as primícias a mim pertencem. A terceira não hesitarei em tomar, pois entre vocês sou o mais forte e mais poderoso. E sobre a quarta parte, ai daquele que nela tocar.”

A moral da história, em latim, é: “Societas cum potente numquam est fidelis”, e a tradução adaptada é: “A sociedade com alguém mais poderoso do que você nunca é confiável”.

Em resumo: você pretende entrar numa sociedade? Não o faça sem antes conhecer a índole do candidato a sócio. Mas se já está numa, trate de levar tudo com a máxima clareza e transparência.

Os sábios judeus dizem: “Amável é a paz”. Nos negócios e em todas as áreas da vida ela é, sem dúvida, incomparável. Lembre-se disso.