Eu ouvi a história de um jovem estudioso judeu que, no início do século passado saiu da Europa Oriental para viver o Sonho Americano nos Estados Unidos.

Antes de partir, no entanto, e movido pelo desejo de levar consigo uma lição que o mantivesse conectado aos valores de suas origens, ele se dirige à casa de seu mestre e lhe faz a seguinte questão:

- “Rabino, o que é a vida?”

E, de pronto, o mestre lhe responde:

- “A vida é como uma montanha, meu filho”.

O jovem parte, e pelos dez anos seguintes esforça-se todos os dias para entender o significado das palavras de seu mestre.

Não conseguindo jamais entender a amplitude daquela imagem, ele resolve, certo dia, visitar sua terra natal. Lá chegando, vai direto à casa do professor e expõe sua dúvida:

- “Rabino, por todos esses anos, as suas palavras estiveram no meu pensamento. Porém, eu sinto ter-me esforçado em vão, porque nunca entendi o sentido de “A vida é como uma montanha”. Estou aqui para definitivamente desvendar este enigma.

Percebendo a ansiedade do jovem, o rabino alisa pacientemente suas barbas, e após alguns segundos de profunda reflexão, responde:

- “Bem, meu rapaz... diante de tudo o que você está expondo, o que posso concluir é que talvez a vida não seja como uma montanha”.

E aí, querido leitor? Você se sente frustrado com o desfecho dessa história?

Eu vou tentar mudar o seu sentimento.

Será que não é hora de você romper com os princípios convencionais que, em vez de produzir os benefícios que você deseja, só o empurram à dúvida, ao desalento... ou à sensação de inutilidade?

Pare. Analise aquelas convicções pessoais de que a vida é como uma montanha... Se essas convicções e crenças o incomodam e causam desconforto, negue-as.... mude. Recontextualize. Engenhe. Troque a moldura deste quadro e passe a ver as coisas desde outra ótica.

Pare de querer justificar o que é injustificável... e passe a viver!