- “Muitos clientes estão reclamando”- diz a gerente de Controle de Qualidade na reunião da diretoria.

Então, o diretor se dirige a ela e pergunta:

- “Muitos clientes? Quantos? Quais?”

E a moça não faz a menor ideia.

Existe uma tendência natural em cada um de nós de elevar as situações negativas ao extremo, ao cume da montanha. É por isso que usamos com tanta frequência expressões do tipo: ‘muita gente’, ‘todo mundo’, ‘nunca mais’, ‘a cidade inteira’ etc.

Para começo de conversa, isto quase nunca é verdade.

Para se tomar qualquer decisão racionalmente, é necessário conhecer os parâmetros que permitem uma análise lógica. Quais parâmetros são esses? Quem, onde, quando, quanto, a que dia ou hora, ou seja, deve-se saber a quantidade, a localização e demais pontos que nos deem a noção real do que é preciso decidir e quais serão suas consequências.

Sem conhecer o local de partida, aonde se quer chegar e as informações sobre o que pode-se encontrar no percurso, nada de efetivo se consegue além de muito bla, bla bla e movimentação inútil.

Quer um conselho? Fuja das generalidades imprecisas:- “Todo mundo? Quem?”- “Muitos? Quantos?”

Localize o alvo antes de tentar acertá-lo. Busque o conceito, a dimensão, e depois, ensine esta conduta às pessoas à sua volta – especialmente na empresa.Pode estar certo de que você estará prestando um serviço de excelência à cultura da sua organização.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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