Presença ausente: um paradoxo de saúde no trabalho
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
Abraham Shapiro
Absenteísmo você sabe, é quando um funcionário se ausenta fisicamente do trabalho.
Já ouviu falar do presenteísmo? A pessoa vai ao trabalho, está lá fisicamente, mas não emocionalmente.
O presenteísmo é, hoje, a causa de problemas e conflitos tanto para o empregado quanto para a equipe da qual ele faz parte.
Se o funcionário não comparece ao trabalho, os colegas olham para o lugar dele e sabem que ele não foi trabalhar. No presenteísmo a pessoa está ali, mas totalmente incapacitada de realizar suas tarefas em razão de, entre outras causas possíveis, um nível elevado de estresse.
Existem dados importantes de pesquisas que mostram motivos pelos quais o presenteísmo cresce nas organizações. Alguns deles: desmotivação, insatisfação; dores musculares e dores de cabeça; ansiedade; angústia e depressão.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será a segunda principal causa mundial de afastamento de profissionais até este ano de 2020. O Brasil já é o quinto do planeta com maior número de casos.
Vai aqui a minha dica aos gestores. Fiquem sempre atentos ao comportamento dos seus colaboradores. Busquem respostas pontuais em Pesquisas de Engajamento e mantenham um diálogo aberto com a sua equipe a fim de afastar as possibilidades de ocorrência do presenteísmo gerado por qualquer um dos motivos mencionados anteriormente – principalmente a depressão.
Infelizmente, há empresas por aí que, sob a desculpa de ter um modelo de gestão assertivo ou centrado em resultados, impõem tratamento cruel sobre seus funcionários, a despeito de seus discursos e propagandas maravilhosas sobre o valor do ser humano na organização.
Esta é uma das mais absurdas realidades do mundo corporativo, especialmente por várias dessas empresas estarem em busca de qualificações de destaque entre as melhores em áreas de Recursos Humanos. Requereria que os consumidores lhes negassem sua preferência de compra de produtos ou serviços por elas oferecidos, vez que, acima de tudo, são um problema social dos mais sérios.