Sabe como é o atual mercado de trabalho? Nele existe cada vez mais gente e cada vez menos necessidade de mão de obra.

Quer uma prova? Um chip colado no para-brisa do automóvel funciona 24 horas por dia e 365 dias por ano tirando o emprego de quatro jovens que poderiam se revezar numa cabine, hoje vazia, para dar o troco no pedágio.

De cada três desempregados no Brasil, apenas um é realmente ‘desempregado’, ou seja, pessoa que tinha um emprego e o perdeu. Os outros dois são jovens, com diploma universitário, que ainda não conseguiram nenhum trabalho porque existem máquinas que os substituem com muitas vantagens.

Há pouco dias, eu dava uma palestra a um grupo de profissionais numa empresa e mostrava números referentes ao tema ‘desemprego’. Então um jovem me perguntou:

- “Professor. Se é assim, então para quê estudar?”

E eu respondi:

-“Se for para estudar como quase todo mundo estuda, eu direi que estudar não vale para nada.”

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. | Foto: iStock

Eu me referi a estudar só para as provas, para tirar boas notas, passar de ano e tirar um diploma. E depois que descobrir que um diploma não é suficiente para arrumar um bom emprego, fazer tudo de novo para conseguir mais diplomas! E, se possível, também entrar na onda da moda e fazer um MBA. E, sabe o que? No fim de tudo isso, descobrir que, com certeza, não vai conseguir um bom emprego porque você usou todo o seu tempo e toda a sua energia na direção errada.

Então, da próxima vez que alguém lhe der o clássico conselho: “Estude mais para vencer na vida”, não dê ouvidos! Esse conselho é a maior roubada!

Estudo não é questão de quantidade, mas de qualidade!

Quer o conselho correto? Aqui vai: “Não estude mais. Estude melhor!” Isso é o que gera inteligência, criatividade e cultura. Boas notas e diplomas serão consequências e não os objetivos.

Só assim você deixará de ser um emissor de currículos ou mendigo de vaga, batendo inutilmente na porta das empresas com seu suado ‘eme-bi-ei’ embaixo do braço e verá o mercado de trabalho correr atrás de você.