Que salário devo pagar a meus funcionários? Esta é uma das grandes dúvidas de muitos empresários.

Antes de tudo, peço que você pare de empregar essa história de ‘você vai crescer na nossa empresa’ como atrativo a novos funcionários, se a sua empresa não oferecer, de fato, essa perspectiva.

Para início de assunto, não é fácil ter reais condições de crescimento. Grandes empresas as têm, e os funcionários as conhecem, de cara, e se sentem motivados a persegui-las porque veem seus colegas crescerem.

Todas as demais não possuem estrutura para isso e acabam fazendo da expressão um mero paliativo ilusório para atrair e reter talentos, o que se converterá em decepção e frustração tão logo o funcionário descobrir a verdade.

O fato é que contratar a mão-de-obra de um funcionário não é o mesmo que comprar um item da prateleira de uma loja. O ‘resultado’ que você obtém de um trabalhador não é padronizado e nem é uniforme. Ao contrário. O que ele produz varia muito e depende diretamente da capacitação que traz consigo, de sua atitude, da motivação e assim por diante. O salário afeta todos estes fatores.

Quando o trabalhador ganha melhor na sua empresa do que em outros lugares, ele se esforça mais porque, se for demitido por mau desempenho, ele sofrerá perda real de salário. Ele terá menos tendência a desistir e a empresa atrairá candidatos com maior capacidade que a média do mercado.

Uma proposta prática de contratação consiste no pagamento de salário composto de uma parte fixa e outra variável, dependente de algum fator ligado à produtividade. A ressalva para isso é que o ganho variável seja mensurável, indiscutível e de comum acordo entre patrão e empregado.

Embora cada local de trabalho seja diferente, observo na prática que muitos empregadores já sabem e já consideram que fornecer boas condições de trabalho e ótimas perspectivas de ganho aos funcionários é, sem dúvida, uma excelente medida de corte de custos e de incentivo ao engajamento deles e à prosperidade da empresa.