Não acho outras palavras para dizer o que direi agora: quando o assunto é liderança nas empresas, parece que o tema se tornou uma obsessão. Em vez de entender e compreender o conceito de ‘o que é liderar’ e ‘como se faz na prática’, o mais fácil tem sido sonhar com o que os filmes de Hollywood inocularam na mente coletiva sobre líderes militares, corporativos, políticos etc e tentar reproduzir.

O resultado? Uma confusão que compromete a qualidade e a produtividade.

Liderar não é agradar todo mundo o tempo todo. Isso é insegurança.

Liderar não é fazer subordinados e colegas se sentirem felizes a qualquer custo. Isso é baixa autoconfiança.

Liderar também não é dar prêmios toda vez que alguém atinge um objetivo. Isso é queimar dinheiro.

Tudo bem. Depois de praticar estas ilusões todas, as pessoas acabam aprendendo que sempre vão ganhar algo em troca daquilo que já são pagos para fazer. E se a empresa passar por alguma dificuldade e tiver de cortar as benesses, a insatisfação e as queixas tomam conta de todos – quando não o abandono.

Eu sei que pode parecer chato, mas o meu papel aqui não é só falar coisas fofas. Eu amo a realidade. Quero entender tudo o que posso para fazer, empreender e realizar. O que der certo, ótimo. O que não der, não fará de mim uma vítima, mas alguém que saberá de imediato onde errou. Se você também quer isso, você será sempre bem-vindo a esta coluna.

*A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.