Já parou para pensar que a sua visão de mundo pode estar te enganando? Mais do que simples opiniões, as nossas crenças moldam as nossas decisões, determinam como interpretamos os fatos e até influenciam a nossa forma de trabalhar. O problema? Muitas vezes, elas não passam de ilusões fantasiosas bem-criadas e elaboradas pela nossa própria mente.

Isso acontece porque o cérebro humano tem uma necessidade quase obsessiva de encontrar padrões, mesmo onde eles não existem. Preferimos acreditar que temos controle sobre os acontecimentos a aceitar que, às vezes, as coisas simplesmente acontecem sem lógica aparente. Essa tendência pode nos levar a conclusões erradas e, pior, a defender essas conclusões com “garras e presas” – sim, como animais ferozes.

Um experimento curioso ilustra bem isso. Psicólogos reuniram um grupo de pessoas em uma sala cheia de botões e disseram: — Apertem a combinação certa dos botões e a luz acenderá.

O detalhe? A luz acendia de forma completamente aleatória. Mas os participantes, sem saber disso, começaram a inventar “táticas infalíveis”. Um achou que precisava bater no teto antes de apertar os botões. Outro criou uma sequência longa e sem sentido. No final, cada um jurava que tinha descoberto a fórmula secreta… que, na verdade, não existia.

Agora pense no mundo profissional. Quantas vezes nos agarramos a processos simplesmente porque sempre foram feitos assim? Quantas ideias ultrapassadas seguimos defendendo apenas porque um dia deram certo? Quantas fórmulas acreditamos serem infalíveis, quando, na realidade, só desperdiçam tempo e energia?

Moral da história? Crenças podem ser aliadas ou armadilhas. Saber questioná-las não é perder segurança. É ganhar clareza. Sim, porque melhor do que confiar em um padrão ilusório é construir estratégias que realmente funcionam.