Um recém-nascido foi encontrado na porta da sede de um grande banco ao amanhecer, quando os primeiros funcionários chegavam ao escritório.

Eles assumiram a responsabilidade pelo bebê e apresentaram o caso ao presidente da entidade para decidir o que fazer.

O presidente emitiu um memorando cujo teor era o seguinte:

“Recebemos o relatório sobre o achado de um recém-nascido de origem desconhecida. Formem um comitê para investigar e determinar: se o bebê encontrado tem alguma conexão com esta organização e se algum funcionário está envolvido direta ou indiretamente no assunto.”

Após um mês de investigações, o comitê enviou ao presidente o seguinte relatório:

“Senhor presidente. Após quatro semanas de diligente investigação, chegamos à conclusão de que o recém-nascido não tem nenhuma ligação com esta organização. Os fundamentos que sustentam tal entendimento são os seguintes:

- Neste banco nunca foi feito nada com prazer ou amor.

- Jamais duas pessoas desta organização colaboraram tão intimamente entre si.

- Não encontramos evidências conclusivas de que, nesta empresa alguma vez tenha sido feito algo com lógica.

- E finalmente, nesta organização nunca houve algo que estivesse pronto em nove meses.”

Eu sei que isso pode parecer uma piada, caro leitor. Porém, devo admitir que já vivi e presenciei fatos suficientes para lhe garantir que os pontos apresentados por aquele comitê como justificativas à direção do banco representam inequivocamente a realidade de muitas, muitas empresas públicas e privadas espalhadas por aí.