Muitos empresários – muitos mesmo – relatam que a dificuldade de conseguir contratar um funcionário nunca foi como atualmente. Eles recebem ‘n’ currículos, porém poucos convocados comparecem às entrevistas, e destes, em torno de um centésimo ou menos é selecionado.

Uma análise rápida nos permite entender que existem fatores fortes que contribuem para esta dificuldade.

O primeiro é o desemprego. Apesar de várias ações do governo para a retomada da economia, o Brasil ainda enfrenta alta taxa de desemprego. Isto leva as pessoas a enviarem currículos para diversas vagas ao mesmo tempo, o que sobrecarrega os recrutadores e acumula grande quantidade de candidatos que não possuem o perfil desejado.

Outro fator é a falta de qualificação dos candidatos. Quantos buscam um emprego sem possuir a formação ou a experiência necessária para desempenhar as funções requeridas pela vaga?

Além disso, as empresas se vêm diante da necessidade de competir entre si para atrair talentos qualificados. Isso pode levar a uma disputa acirrada pelos melhores candidatos, o que torna o processo de contratação mais difícil de atingir seu objetivo.

Por fim, os processos seletivos também podem ser uma barreira. Eu conheço empresas que exigem uma série de etapas, incluindo entrevistas, testes e avaliações. O processo é lento, demorado e burocrático, o que desencoraja muitos candidatos à continuidade.

É claro que tais problemas podem variar por setor e por região. A realidade mais dura, no entanto, tem a ver com um imenso contingente de candidatos que, por motivos que desconheço, não buscam por um trabalho, mas por um emprego. Em função disto, só nos resta dizer que, sim, a situação está realmente muito difícil.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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