Li um livro sobre as práticas de trabalho de Steve Jobs. Fiquei surpreso ao saber que ele 'congelava' impiedosamente as pessoas a quem julgava inúteis. Congelar, aqui, significa deixar de lado, mostrar-se indiferente. Indiferença é a pior e mais dolorosa forma de punir qualquer ser humano.

Muitas pessoas agem como Jobs. Até sem perceber.

No entanto, colegas de quem você não gosta ou pensa serem inúteis podem ser influenciadores de outros ou tomadores de algum tipo de decisão que acaba tendo relação com você ou a sua área. Não se perde nada em construir uma relação de trabalho decente com eles. E se você eventualmente precisar de adesão para algo, é mais provável que eles se sintam inclinados a ajudá-lo do que se os ignorar. Eles podem beneficiar você e, consequentemente, a empresa.

Pessoas que se preocupam em ser profissionais devem entender que engajar-se com todos com quem trabalham é parte significativa deste profissionalismo. É aconselhável estabelecer relacionamento com todos e não só com aqueles de quem você gosta.

Mas sejamos claros: eu me refiro a construir relações proativas de trabalho! Não confunda.

Empresa é lugar para se ter colegas, não amigos e nem membros de uma família. A propósito, essa ideia de ‘família corporativa’ quase sempre é um recurso que camufla segundas intenções de quem só quer mesmo tirar proveito sentimental das pessoas.

A verdade é que estamos aí para trabalhar, para fazer negócios e conseguir o nosso sustento com honestidade e ética; não para nos envolver emocionalmente ou casar com quem quer que seja.

* A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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