Imagine um líder político contemporâneo, desses que são sempre retratados de modo imaculado por seus seguidores, com elogios e palavras de adoração.

Imagine um líder empresarial rodeado de puxa-sacos que o veneram como cachorrinhos à espera de migalhas que caem da mesa do dono.

A grandeza da liderança está muito distante destes dois cenários.

Concorde você ou não, quando um líder não enfrenta desafios ou críticas, é possível afirmar ser este um sinal evidente de que ele age apenas para manter uma imagem perfeita, e não para tomar decisões difíceis pelo bem comum.

Um líder verdadeiro se destaca quando existe uma variedade de interpretações sobre sua liderança. Nisto se incluem críticas: das mais óbvias às mais depreciativas.

Aquele líder adorado, isento de detratores, é, no mínimo, suspeito, pois, a unanimidade de elogios quase sempre é mentirosa. Tal líder provavelmente é um bajulador, ávido por lisonjas e não alguém comprometido, de fato, com uma causa.

Quando o líder é confrontado com críticas e desaprovações, mas permanece fiel a seus princípios, há de manter-se na liderança por sua força de caráter e coragem. Ele está disposto a enfrentar discordâncias porque sabe que liderança não se traduz em agradar a todos, mas em fazer o que é necessário para cumprir uma missão.

Líder, portanto, é o indivíduo capaz de resistir à tentação do agrado geral e de manter suas convicções, ainda que tenha que remar contra a correnteza. Ele sabe que a integridade supera a busca por aplausos, e não perde a consciência de que só assim se chega à autêntica liderança.