Você já ouviu falar daquele pesquisador que pôs cinco macacos numa jaula com um mastro no centro? Uma banana era colocada diariamente no topo deste mastro. Os macacos disputavam a fruta e o mais esperto subia e comia. Nesse momento, um jato d´água gelada era esguichado nos outros quatro macacos derrotados.

Semanas se passam, e o pesquisador vê que os macacos brigam para que nenhum deles suba ao mastro. Quando um deles tenta, os demais o surram. Nenhum deles come a banana, mas não tem banho gelado. O pesquisador então tira do grupo um dos macacos e põe outro que nada sabe do que ocorre ali. Quando ele deseja alcançar a banana, apanha dos demais sem saber o motivo, já que não há mais banhos de água fria.

O pesquisador vai substituindo cada um dos macacos antigos, até que todos os atuais nada sabem os jatos de água gelada. No entanto, mesmo assim, o macaco que tenta subir ao mastro em busca da banana leva uma surra dos companheiros. Ele não sabe porque apanha e os outros não sabem porque batem. É uma atitude herdada dos antigos. Uma reação com origem numa experiência de vida que eles mesmos jamais viveram.

Nós, humanos, somos assim e agimos assim. Herdamos ideias e pressupostos das gerações anteriores sem pensar a respeito ou questioná-los.

No entanto, quando você e eu raciocinamos e buscamos a lógica por trás de tudo o que fazemos, descobrimos situações que só nos aprisionam. Sem que usemos a majestosa capacidade de questionamento que nos diferencia de todos os demais seres da natureza, em quase nada seremos diferentes daqueles macacos na experiência da jaula.

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As opiniões do colunista não refletem, necessariamente, a da FOLHA.

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