Força de vontade e cookies de chocolate
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Abraham Shapiro
Procrastinar é tolice. Nós sabemos que adiar quase nunca é benéfico. Projeto nenhum se conclui sozinho. Então por que continuamos a varrer algumas ou muitas atividades importantes para debaixo do tapete?
Quer a resposta? É por causa do intervalo de tempo que existe entre semear e colher. É este prazo que nos derruba. Fazer a ponte entre esses dois extremos requer de cada um de nós alto grau de força de vontade.
Não sou eu quem lhe diz. Isto foi demonstrado pelo psicólogo Roy Baumeister através de um experimento comportamental.
O Dr Baumeister botou jovens alunos em frente a um forno, onde estava sendo assado um tabuleiro de coockies de chocolate. O aroma era maravilhoso e tomava conta de toda a sala.
O professor, então, deixou uma tigela de rabanetes ao lado do forno, e avisou aos alunos que eles poderiam comer todos os rabanetes que quisessem, mas não os coockies. Aí ele os deixou sozinhos por meia hora.
Os alunos de um segundo grupo, estes sim podiam comer quantos cookies quisessem.
Na sequência do experimento, os dois grupos de jovens tiveram de resolver um problema complicado de Física.
Os alunos que foram proibidos de comer os biscoitos desistiram da tarefa de física duas vezes mais rapidamente do que os que podiam comer cookies à vontade.
O tempo em que eles tiveram de exercer seu autocontrole ao máximo drenou suas energias mentais. Por isso, eles acabaram desistindo.
Essa energia mental, que se manifesta sob a forma de força de vontade, era o que eles mais precisavam para resolver a questão de Física. Mas o primeiro grupo de alunos estava com sua energia baixa.
Procure entender: força de vontade é como a bateria do celular – pelo menos a curto prazo. Se ela se esgota, os desafios futuros ficam prejudicados e não adianta buscar outros recursos para se automotivar a fazer o que deve. Dê, acima de tudo, atenção aos seus recursos internos e só então você estará em condições de ir em busca da produtividade desejada.