Quando funcionários são tratados feito crianças, o que se obtém é um trabalho de criança. Muitas empresas fazem tanta patacoada com os colaboradores, que eles se sentem em um jardim da infância. Só não confessam.

Gerentes que se preocupam em agradar e fazem de tudo para que os funcionários fiquem felizes o tempo todo não são líderes. São ilusionistas inseguros, carentes de objetividade e assertividade. Necessitam de cuidados profissionais.

Enquanto a empresa está em boa fase e ganhando dinheiro, tudo isso é fácil de fazer. Mas os ciclos trazem de volta períodos difíceis, de tempo em tempo. E aí? Como manter as fofuras e gostosuras?

Dia desses, um gerente que mal fala o português leu um livro qualquer e, comovido pela beleza dos exemplos, convenceu-se de que as ideias bonitinhas que funcionaram em gigantes norte-americanas deviam ser aplicadas em sua empresa. Simples assim. E automático. Ele pensou que basta fazer o que o livro diz, e tudo aquilo acontece como um passe de mágica. Ridículo. E arriscado. Seu diretor - outro personagem inseguro 'de carteirinha' - só o apoiou sem calcular a besteira em que a ação se converteria. Não deu outra. Todos ficaram baratinados! Direi que também o autor da façanha.

Vou explicar. Apesar de toda boa vontade, este gerente ainda não compreendeu a verdadeira relação de um colaborador com a missão da empresa. Por isso, opta pela facilidade de agradar seus subordinados e torrar recursos em lugar de investi-los em treinamentos e conscientizar cada um sobre o papel que deve desempenhar. O básico é: o que fazer, como fazer e o padrão de desempenho que é esperado do colaborador.

Concordo que fazer as pessoas trabalharem oito horas inteiras por dia é realmente difícil. É preciso construir um clima positivo e sou plenamente a favor de se fazer o máximo por isso. Mas tudo tem limite.

Só me resta dizer que gente mal-acostumada no “bem bom” é exatamente aquela que não dará esforço nenhum quando as coisas ficarem difíceis.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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