O ser humano comum gosta de dizer sim. É fácil!

Dizemos sim para um prazo otimista, para um design mediano, para uma contratação duvidosa e por isso criamos uma montanha de coisas que nos impede de enxergar o que devíamos ver, se fôssemos realistas.

Comece a dizer não. Eu detesto emitir essa instrução, mas é preciso. Diga não até mesmo para as melhores propostas. Use o poder do não para definir prioridades. Você irá se arrepender infinitamente menos do que já se arrependeu por ter dito sim a esmo.

A gente evita dizer não para fugir de confrontos. Mas o sim impensado gera tarefas que se arrastam e complicam a vida, porque nos forçam a fazer coisas nas quais não acreditamos. Logo, não seria melhor dizer “não”?

Imagine o mal que o medo do confronto causa num relacionamento amoroso desgastado, por exemplo. Terminar é difícil, eu sei. Mas prosseguir só pela covardia de tomar a iniciativa é pior. Lide logo com o incômodo do confronto e livre-se hoje da futura amargura do arrependimento.

E sabe aquela falácia de “o cliente sempre tem razão”? Você acha mesmo que não pode negar nada ao seu cliente? Faça isto, e você verá o seu negócio diluir como uma pitada de sal num copo d’água.

O que fazer quando não puder dizer sim ao cliente? Explique por quê. Você vai se surpreender com a compreensão que ele terá com a sua justificativa. E na pior das hipóteses, recomende um concorrente seu a ele. Lembre-se de Henry Ford quando disse: “Se eu tivesse escutado os consumidores, teria dado a eles um cavalo mais rápido.” Ford disse “não”, e criou o automóvel.

Comece pelo não. E ganhe tempo para fazer uma análise com o máximo de detalhes necessários.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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