Uma significativa experiência que vivi na orientação de sucessores em empresas familiares foi junto de uma jovem que se sentia inferior ao irmão que, por toda a vida, fora brilhante nos estudos e mostrava talento empreendedor, mas tornou-se profissional liberal e não integrou os negócios do clã.

Ela não se achava suficiente para nada. Então se retraía, julgando que nunca teria competências e nem seria respeitada.

Eu lhe disse:

- “Apesar de todos os seus sentimentos, eu consigo ver um desejo de superar as fraquezas pessoais que você julga ter! No fundo, o seu propósito verdadeiro é deixar para trás as suas limitações e mostrar o seu potencial intrínseco, mesmo que não seja para seguir a vida de empresária.

Ela me olhou surpresa sem saber se era sério ou se eu estava zombando:

- "Gostaria que fosse verdade", ela disse.

- "Quer ver como faz sentido?” – eu continuei. “Se você fosse filha única e não tivesse com quem se comparar, não se sentiria bem do jeito que é? Não se interessaria por estudar mais, aprender e se desenvolver até reunir todas as condições de atuar em qualquer área da sua escolha?

- "Claro que sim”, ela respondeu.

- “Então? Vê agora como estou certo?”, eu disse. “Não se compare mais ao seu irmão. Siga a sua vida como você é e com aquilo que tem. Disso é que depende a sua autoestima.”

Agora, eu falo a você, querido leitor. Olhe para si e confie naquilo que pode fazer para aprender mais, fortalecer-se e transformar as suas visões em atitudes positivas, em ação construtiva. É disso que você e eu precisamos por toda a vida – não importa a condição, idade ou localização geográfica.

Quanto àquela garota? Hoje ela é líder admirada e ativa na empresa da família. E seu trabalho superou há muito o que seu pai realizou até a data em que lhe passou o comando.

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