Se você navega nas mídias sociais, estou certo de que tem se deparado com um contingente enorme de consultores, coaches – os atores do coaching, mentores, conselheiros e outros serviços de mesma natureza.O fato é notável e até assustador, porque muitos desses tais eram profissionais em áreas que pouco ou nada tinham em comum com o que ora se propõem a fazer.

Será moda? Ou, quem sabe, uma falsa crença em que consultoria e afins dão dinheiro fácil, já que fracassaram naquilo que faziam.Não vou perder o seu e o meu tempo com as causas da nova onda.A questão, no entanto, é: “Você contrataria alguém cuja proposta se resume a banners bonitos, frases sentimentais e anúncios coloridos nas mídias sociais, sob a promessa de promover na sua empresa o sucesso que só ele julga saber e você jamais?”No mundo destas atividades, a coisa mais fácil é dizer ‘o que fazer’.

Para isto, basta ler alguns livros-chaves, artigos de revistas técnicas, assistir a vídeos na Internet, enfim. É simples emitir diretrizes do tipo: "Você tem de fazer isso!"; "Essa é a tendência do momento!"; "Você deve seguir nesta direção".A prova de fogo a esses tais gurus desesperados de última hora encontra-se em solicitar deles o ‘como’. E, para ser mais maquiavélico, eu acrescentaria aí o ‘porquê’.Se o aventureiro souber ‘como fazer’ aquilo que tão categoricamente sugere, e o ‘porquê’ em vista dos resultados esperados, não hesite em contratá-lo. Mas exija o planejamento das ações, o cálculo dos custos de todas as ideias prescritas, a previsão dos impactos, e depois acompanhe, meça tudo e tire fotos do ‘antes’ para que você tenha com que comparar o ‘depois’.Num século em que a coisa mais fácil é dizer 'o que fazer', a revelação diferencial e absoluta dos verdadeiros ungidos encontra-se no 'porquê' e 'como fazer'. O restante são apenas efeitos especiais