Esses dias eu pedi a um grupo de trinta gerentes que pareciam afinados à realidade empresarial em que atuam que me dessem sugestões sobre como lidam com um problema presente em seu dia a dia. Eu esperava que aderissem à solicitação, até porque, qualquer uso que eu fizesse dos dados, se converteria em benefícios diretos ou indiretos a eles.

Uma semana se passou, e eu recebi apenas uma resposta – por sinal, excelente.

Achei que fosse má vontade. Mas mediante uma reflexão otimista, compreendi que seria mais fácil garimpar ouro na banheira da minha casa do que obter alguma ideia valiosa da maioria daquelas pessoas. Se fossem capazes de gerar uma só gota de sabedoria, eles não estariam na posição que estão há tanto tempo sem se desenvolverem na carreira.

Quantos gerentes por aí são verdadeiros zumbis improdutivos, fingindo fazer coisas acontecerem. Não todos, é claro.

Muitos, porém, passam quarenta horas da semana gerenciando sabe-se lá o que, mesmo onde não há muito o que gerenciar. E, exceto quando as coisas estão descoordenadas, é óbvio que eles só estão enchendo linguiça.

O tonto dessa história fui eu, porque, mesmo convivendo por quase três décadas com gente desse tipo, eu ainda acredito no estudo e no esforço como opções para a capacitação. Mas quantos, de verdade, se importa em ser e estar capacitado? Eles querem cargos e salário. Não fale sobre resultados com eles!

Isto me lembra um empresário que detestava promover seus bons funcionários a funções de comando porque, como dizia ele: “no Brasil, o fulano que se torna gerente já acha logo que virou doutor!”