Eu não sou um filósofo. Mas vivo a vida com o propósito de observar e aprender tudo o que é possível. E uma das coisas que chamam a minha atenção é que as pessoas não vivem intensamente o momento presente. Investiguei pontos comuns entre elas e pareceu-me regra geral acreditarem que o sucesso é um lugar que precisa ser alcançado a qualquer custo. Então, o comportamento incondicionalmente adotado por elas consiste em fazer a mais rápida avaliação pontual da vida e ver se já podem ser felizes.

Elas se convencem de que 'aquele exato momento' representa sua vida toda, e por estarem programadas a acreditar que o sucesso é um lugar aonde têm de chegar – lugar em que as metas são cumpridas e as tarefas concluídas –, elas avaliam o tempo presente por quão ‘finalizado’ está. Então agravam ainda mais sua situação com pensamentos de incompetência ou de declarada derrota pessoal. Elas não levam em conta que quase sempre tarefa nenhuma e objetivo algum da vida estão plenamente concluídos, e que tudo é transitório. Logo, não se pode resumir o todo a um momento.

Talvez você discorde da minha análise, mas direi que não há um lugar para chegar. A única direção na qual você e eu percorremos, e aonde chegaremos, chama-se 'morte'.

A resposta ao problema de viver o tempo presente e tirar dele o máximo proveito possível está em mudar o conceito errado de sucesso que metemos no nosso psicológico. Enquanto não fizermos isso, prosseguiremos pagando caro demais com a vida, com a alegria de que podíamos desfrutar e com a satisfação de viver que muitos, muitos desconhecem.

O sucesso, querido leitor, não está nas metas cumpridas, mas somente – e tão somente – no quanto nos desenvolvemos durante a caminhada.

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A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina.

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