UEL distribui material a estudantes do Ensino Médio sobre o vestibular
Força-tarefa quer atrair mais candidatos; pandemia e crise financeira causaram distanciamento do aluno do ensino superior, aponta Cops
PUBLICAÇÃO
quarta-feira, 05 de outubro de 2022
Força-tarefa quer atrair mais candidatos; pandemia e crise financeira causaram distanciamento do aluno do ensino superior, aponta Cops
Reportagem local
Faltando menos de uma semana para o fim das inscrições do Vestibular 2023, a UEL (Universidade Estadual de Londrina) realiza uma força-tarefa com o objetivo de atrair interessados para o concurso, que acontecerá e março e abril do ano que vem.
Nos últimos dias, estudantes do Ensino Médio de escolas públicas do Paraná começaram a receber o Jornal do Vestibular, com conteúdo exclusivo sobre os cursos, prazos, conteúdo das provas, informações sobre o sistema de cotas e as ações afirmativas desenvolvidas para apoiar o estudante durante a graduação. A instituição imprimiu 24 mil exemplares, que foram distribuídos nos 32 Núcleos Regionais de Educação do Paraná.
O material também foi encaminhado em formato eletrônico para as mais de 1.500 escolas do estado que oferecem Ensino Médio. O objetivo é fortalecer a informação sobre o Vestibular 2023 e a importância de o estudante decidir por uma carreira.
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Segundo a coordenadora da Cops (Coordenadoria de Processos Seletivos), Sandra Garcia, os dois anos de pandemia de coronavírus, aliados à crise financeira do país provocaram um distanciamento do estudante, que está optando por outras alternativas que não o Ensino Superior.
O comportamento pode ser observado pela redução de inscrições no Enen (Exame Nacional do Ensino Médio) e nos vestibulares das maiores universidades brasileiras. Na UEL, o volume de inscrições tem igualmente se mostrado abaixo dos anos anteriores, lembrando que na edição passada foram registradas 22.635 inscrições.
Para Garcia, a falta de interesse do aluno do Ensino Médio está ligada à dificuldade imposta pelo ensino remoto em 2019 e 2020, que influenciou no processo formativo e na interação com professores e colegas. Somam-se a isso as dificuldades econômicas, que achatam os orçamentos familiares. Esse cenário joga os jovens cada vez mais cedo no mercado de trabalho.
“É grave para uma geração não enxergar que existem perspectivas. Como universidade pública, queremos dialogar com esse estudante e demostrar programas de incentivo e novas portas para o futuro”, declara Garcia, docente e pesquisadora do Departamento de Educação da UEL, com foco em temas como Mundo do Trabalho e Educação, Educação Profissional e Ensino Médio e Políticas Educacionais. De 2011 a 2014, a professora exerceu a função de coordenadora-geral do Ensino Médio no Ministério da Educação.
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