A Londrisul apresentou, nesta segunda-feira (9), 14 novos ônibus que farão parte da frota da empresa, que é responsável por 35% do transporte coletivo de Londrina. Sete veículos contam com ar-condicionado e todos dispõem de tecnologia para pagamento da passagem com cartão de crédito. Os veículos com ar vão atender as linhas do jardim União Vitória e área central e os demais irão circular pelo jardim Califórnia, Roseira, Vale Azul, Vivendas do Arvoredo, Higienópolis e Gleba Palhano.

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Segundo a concessionária, a escolha levou em conta o volume de passageiros. “Todos os ônibus entregues farão linhas com demanda maior, que tem uma extensão também mais longa, para beneficiar os usuários que passam um tempo maior dentro dos ônibus”, explicou Stefano Boiko Junior, vice-presidente da Londrisul. “O ar-condicionado é ecológico, não tem o gás que provoca efeito estufa, os elevadores para deficientes possuem mais tecnologia e os vidros são lacrados, o que traz um conforto maior”, acrescentou.

O custo total foi de R$ 8 milhões. A empresa tem uma frota de cerca de 130 coletivos. A previsão para o final do ano é de que mais alguns veículos sejam adquiridos para cumprimento do contrato, que determina que os ônibus tenham, no máximo, dez anos de vida útil.

Presidente da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), Marcelo Cortez garantiu que a autarquia realiza a fiscalização para que a cláusula seja respeitada. “Nós temos a documentação de cada ônibus que tem na frota (das empresas que operaram o serviço). Sabemos aqueles que estão vencendo e, logicamente, passamos para a empresa que ela tem que fazer um plano para que haja troca e se mantenha na média que nós temos em Londrina. Temos esse controle”, elencou.

Sete coletivos contam com sistema de ar-condicionado
Sete coletivos contam com sistema de ar-condicionado | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

A TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina), que opera 65% do transporte, deverá promover nos próximos meses a substituição de 96 ônibus, de acordo com a CMTU. “Ficamos dois anos sem investimento porque tínhamos uma dificuldade de manter o sistema. Prorrogamos por dois anos (a necessidade de troca) e logo que a pandemia da Covid-19 passou, apesar das consequências ainda estarem presentes, estamos retomando os investimentos e a Grande Londrina também vai fazer para colocar a frota em dia”, afirmou Cortez.

APORTE

A CMTU ainda não finalizou o estudo sobre o pedido das duas empresas para reequilíbrio econômico-financeiro do contrato referente aos prejuízos acumulados no ano passado. O valor em análise, informado pela diretoria de Transportes da companhia durante sessão na Câmara, em 2022, é de R$ 41 milhões.

“São vários itens que estão sendo analisados e precisamos ter cuidado para quando fazer o reequilíbrio, fazer de forma correta e dentro da transparência. Uma parte do estudo foi finalizada e está com a prefeitura para análise. Estamos finalizando agora o da Londrisul e assim que terminar vamos encaminhar para a prefeitura também analisar”, explicou o presidente da CMTU.

O representante da Londrisul defendeu este tipo de medida como uma forma de manter o sistema funcionando e rentável para as empresas. “O custeio e os aportes que vêm sendo feitos fazem parte da política para que deixe de ter o círculo vicioso: aumenta os custos da operação, aumenta o preço da passagem e as pessoas utilizam menos. Este tipo de ação faz com que o preço pago pelo usuário seja menor, mais usuários passem a utilizar o sistema e o valor da passagem tende a subir menos ou até cair”, pontuou Stefano Boiko.

Em 20221, as concessionárias receberam um aporte de R$ 20milhões do município para custear as perdas de 2020.

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