A Prefeitura de Londrina está disponibilizando até o final deste mês 30 vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua com suspeita ou confirmação da Covid-19. A medida foi tomada em janeiro diante da piora do quadro pandêmico e da lotação nas unidades de saúde. O serviço está sendo executado pela Associação MMA (Ministério de Missões e Adoração), por meio de termo de colaboração. A instituição recebe cerca de R$ 2 mil por usuário do programa.

O serviço para abrigar as pessoas que vivem sem um teto em razão da infecção pelo coronavírus já funcionou no município em outros períodos da pandemia
O serviço para abrigar as pessoas que vivem sem um teto em razão da infecção pelo coronavírus já funcionou no município em outros períodos da pandemia | Foto: Isaac Fontana - FramePhoto - Folhapress - 29/07/2021

“Estando a pessoa em situação de rua em acolhimento ou identificada pela abordagem ou Centro Pop, encaminhamos para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do jardim Sabará, o médico avalia e depois é enviada para o isolamento. Tem todo um procedimento, em que precisa aguardar o resultado do teste. Aqueles que negativam voltam para o acolhimento ou são encaminhados. Os positivados ficam no espaço, que conta com assistente social, educadores”, explicou Jacqueline Micali, secretária municipal de Assistência Social.

A responsável pela pasta também destacou que a medida tem dois objetivos principais: fornecer maior proteção aos moradores em situação de rua e diminuir a circulação do vírus. “Ainda não temos todas as pessoas em situação de rua vacinadas. Algumas apresentaram resistência e precisamos manter os serviços nos acolhimentos. Temos parceria com a secretaria municipal de Saúde, que passa todos os dias para ver como estão”, destacou a secretária, que não soube informar quantos moradores de rua foram imunizados na cidade.

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O serviço para abrigar as pessoas que vivem sem um teto durante o isolamento em razão da infecção pelo coronavírus já funcionou no município em outros períodos da pandemia. Quando Londrina tinha uma situação mais tranquila, os moradores em situação de rua ficavam na própria UPA durante quarentena, o que se tornou inviável atualmente diante da grande procura por atendimento na unidade.

PÚBLICO MASCULINO

As vagas no acolhimento são apenas para homens. A secretaria municipal de Assistência Social justificou que não tem identificado casos de contaminados pela doença entre as mulheres. “Esse público (masculino) tem maior dificuldade de ficar em isolamento, seja por ter transtorno psiquiátrico, uso de substâncias”, argumentou. Sem indicar o número exato de pessoas em situação de rua que já foram diagnosticadas com a Covid neste ano, Micali comentou que a UPA já chegou a abrigar 16 moradores, sendo que nove positivaram. “Hoje está bem controlada”, acrescentou.

A secretaria não descarta renovar o serviço para além de fevereiro, no entanto, a decisão vai depender da situação da pandemia.

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