A prefeitura entregou oficialmente, nesta segunda-feira (13), a reforma da segunda fase da revitalização da Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, no centro de Londrina. A obra deste bloco havia iniciado em novembro do ano passado. Entre as melhorias promovidas na ala chamada pré-parto estão a reorganização dos espaços, instalação de ar-condicionado nos quartos, troca de pisos e intervenções nos banheiros.

Mulheres ficarão em quartos individuais
Mulheres ficarão em quartos individuais | Foto: Pedro Marconi - Grupo Folha

Apesar da entrega, os trabalhos de reforma no lugar continuam. O foco agora será na última parte definida no planejamento do município, que é a ala classificada como pós-parto. “Essa obra já começou. Estamos avançando em algumas frentes de trabalho e a partir desta segunda-feira essa demanda vai ser transferida para essa ala entregue para que a construtora tenha frentes de trabalho suficientes para terminar a obra em no máximo oito meses”, projetou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.

Nesta nova etapa deverão ser feitos reparos hidráulicos, pintura e colocação de ar-condicionado, entre outros. Além disso, com a conclusão dessa última fase, serão entregues novas salas para os profissionais de enfermagem, para aplicação de vacinas, realização de exames, coleta de leite humano e armazenamento de produtos.

OBRA E ATENDIMENTO

A ordem de serviço autorizando as obras na maternidade foi assinada em agosto de 2019, com previsão de término em outubro do ano passado. Entretanto, o prazo não se cumpriu e foram liberados aditivos de tempo pelo poder público. Uma das intercorrências enfrentadas pela empresa que venceu a licitação, que tem sede em Londrina, está sendo dar andamento nos trabalhos com a unidade atendendo.

Segundo o prefeito Marcelo Belinati, seria inviável transferir os partos para outro local. “A obra pode ser mais rápida se você fechar a maternidade. Mas como faria para fechar? Não teria como porque é o único local onde é feito parto para quem não tem convênio e não pode pagar particular. A obra tinha que ser executada junto com a continuidade do atendimento. Foi uma opção que a administração tomou", justificou.

AMPLIAÇÃO

As intervenções têm custo de R$ 6 milhões. No ano passado foi finalizada a construção do novo prédio do centro cirúrgico, ampliando a área da maternidade para mais de 3,3 mil metros quadrados.

A primeira tentativa de reformar a maternidade foi em 2018. Na época, a prefeitura rompeu o vínculo com a empresa que até então era a responsável em razão do descumprimento do contrato. A obra ficou parada por cerca de cinco meses, sendo retomada em 2019 após um novo edital ser lançado e uma outra empreiteira contratada.

Maternidade já realizou mais de 95 mil partos

A Maternidade Municipal Lucilla Ballalai vai completar no ano que vem 30 anos. A unidade foi inaugurada em dezembro de 1992 como forma de oferecer um novo espaço para as mães ganharem os filhos gratuitamente, sem necessidade de depender de uma vaga no HU (Hospital Universitário) ou até mesmo ir para outra cidade fazer o parto. Atualmente, o lugar atende os casos de baixa complexidade, enquanto que o Hospital Universitário recepciona as grávidas de risco.

O coordenador da maternidade, Eduardo Cristofoli Silva, destacou que o volume de nascimentos na unidade é considerado o maior de todo o Norte do Estado. “Temos um atendimento só de porta de cerca de 800 a 900 pacientes por mês. A média é de 250 partos mensais. Esse volume é extremamente importante para toda a rede de saúde e o Paraná”, valorizou.

Durante a entrega do segundo bloco da revitalização do espaço foi lançado um selo comemorativo pelas três décadas de história. A maternidade leva o nome da idealizadora do Hospital do Câncer de Londrina. Lucilla Ballalai foi referência no voluntariado pela saúde na cidade e morreu em 1979.

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