Londrina abriu na tarde desta segunda-feira (19) o cadastramento para a vacinação da Covid-19 de crianças entre seis meses e quatro anos no site da prefeitura, londrina.pr.gov.br. A medida é para que a secretaria municipal de Saúde se organize enquanto aguarda o envio das doses pelo Ministério da Saúde, o que ainda não tem data para acontecer. "O cadastro prévio é para tão logo o Ministério da Saúde enviar as doses específicas, que são frascos diferente para essa faixa etária, possamos iniciar a vacinação de imediato", explicou o responsável pela pasta, Felippe Machado.

Na sexta-feira (16), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação do imunizante do Pfizer para meninos e meninas menores de quatro anos. Até então, a vacina deste fabricante só estava liberada para ser usada em crianças maiores de cinco anos. A partir de três anos já estão disponíveis as doses da Coronavac. "Estamos aguardando que o Ministério da Saúde emita nota técnica incluindo essa faixa etária (a partir dos seis meses) no Plano Nacional de Vacinação."

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A imunização será em três doses de 0,2 mL. As duas doses iniciais devem ser administradas com três semanas de intervalo e a terceira oito semanas após a segunda. Para diferenciá-la das demais, a vacina será identificada pelo frasco com a tampa de cor vinho. A avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária durou mais de um mês e levou em conta informações fornecidas pela área técnica e entidades, como a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

A secretaria municipal de Saúde não descarta destinar postos específicos para vacinar este público. "Estamos avaliando até por conta da faixa etária. Também podemos manter o acesso ampliado", comentou. Atualmente, as doses anticovid são encontradas em todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde).

As crianças menores de um ano deverão ter prioridade na vacinação, segundo o pediatra Renato Kfouri, membro do comitê técnico do PNI (Plano Nacional de Imunização) e presidente do departamento de imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria. O médico destacou que esse grupo infantil é o mais vulnerável para o coronavírus, respondendo por mais da metade das hospitalizações e óbitos pela doença entre as crianças, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em 2020 e 2021 foram 1.439 óbitos de crianças até cinco anos, sendo que 48% eram de bebês entre 29 dias e um ano incompleto.

POLIOMIELITE

A vacinação contra a paralisia infantil continua abaixo do esperado em Londrina. Até este início de semana apenas 41% do público-alvo - que é de 20 mil crianças entre um e quatro anos - havia recebido a dose. A campanha nacional vai até 30 de setembro. "A prefeitura fez seus esforços, com vacinação nos shoppings, escolas, avançamos nas instituições privadas. Mas não há esforço que seja suficiente se não houver conscientização dos pais. Temos que reforçar a importância dessa vacinação, até pelo risco eminente da paralisia infantil, doença que já tinha sido erradicada", alertou Felippe Machado.

PRONTO ATENDIMENTO INFANTIL

O município lançou uma licitação para contratar uma empresa para elaborar projetos completos e aprovados pelos órgãos responsáveis para ampliação de parte do PAI (Pronto Atendimento Infantil). O valor máximo do certame é de R$ 128 mil e as empresas interessadas devem apresentar as propostas até sexta-feira (23). A ideia da secretaria de Saúde é aumentar a capacidade do estacionamento e implantar cancelas, além de expandir a sala de espera, sanitários, elevador e biblioteca.

A unidade foi totalmente reformada e a obra entregue em 2020, ao custo de R$ 3,7 milhões. "É um projeto antigo e os técnicos da secretaria de Obras apontaram que seria mais viável concluir a reforma e depois fazer a ampliação do estacionamento", justificou. (Com Folhapress)

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