Após o problema e a polêmica criada nas redes sociais envolvendo uma roda gigante de um parque de diversões instalado na praça Tomi Nakagawa, no centro de Londrina, na noite do último sábado (11), o brinquedo foi retirado no início desta semana. Segundo a empresa, o engenheiro responsável foi acionado após a intercorrência e foi quem solicitou o recolhimento da roda gigante, que deverá ser encaminhada para manutenção em São Paulo.

Prefeitura informou que parque tem autorização da prefeitura para funcionar na praça
Prefeitura informou que parque tem autorização da prefeitura para funcionar na praça | Foto: Divulgação N.Com

O parque segue na cidade até 17 de janeiro, entretanto, o equipamento não deve retornar. “Ficará em manutenção o tempo que for necessário. Demora até meses”, explicou Jorge Leandro, proprietário do Tukas Park. No fim de semana, uma das dez cabines da roda gigante enroscou e torceu, assustando quem estava no lugar. A gaiola era ocupada por um homem e um adolescente. Ninguém se machucou.

Leandro classificou a situação como um “incidente” e argumentou que pode ter sido provocado após um dos ocupantes supostamente balançar a cabine. “Orientamos todas as pessoas que vão na roda gigante a não balançar a gaiola. A cabine não chegou a cair. Ninguém está livre desse tipo de incidente”, defendeu, citando a trava da montanha-russa de um parque em São Paulo que soltou, também nesse fim de semana.

No domingo (12), a Defesa Civil já havia interditado preventivamente a roda gigante, colocando fitas de isolamento. A prefeitura informou que a empresa tem autorização da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) e recebeu vistoria do Corpo de Bombeiros para instalar o parque na praça.

Imagem ilustrativa da imagem Roda gigante é retirada da praça Tomi Nakagawa após problema
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

PROCESSO

Na segunda-feira (13), o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) fiscalizou o a roda gigante, gerando um relatório. Agora, a entidade vai aguardar o documento da Defesa Civil para abrir um processo administrativo para investigar a conduta do engenheiro mecânico responsável pela montagem. “Nesse processo, o Conselho Profissional analisa se ele cometeu imperícia, imprudência ou negligência na execução dos serviços, ou seja, na atividade profissional”, destacou o conselho. Durante o processo o profissional tem direito à ampla defesa.

O representante da empresa destacou que os demais brinquedos, cerca de nove, continuam funcionamento normalmente e estão em boas condições. “Ficou a mesma coisa. Não teve diferença nenhuma. No domingo o pessoal se divertiu, tudo normal. Os brinquedos são voltados para as crianças, não tem nada radical. O público que vai é família”, elencou ele, que cuida do parque há cerca de oito anos, desde a morte do pai.

Atualizada às 12h49

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