A UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Fraternidade, na zona leste, foi a primeira a ser inaugurada em Londrina, mas está de portas fechadas há muito tempo. A situação atual se deve à interrupção das obras de reforma. Segundo o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada, um edital de licitação deverá ser publicado nos próximos dias para a contratação de uma nova empresa.

Imagem ilustrativa da imagem Reforma da UBS Vila Fraternidade terá nova licitação
| Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

"Estamos no processo de análise de todo o projeto e documentação para avançarmos para a fase final da obra", disse, durante a vistoria de obras públicas nesta terça-feira (10). Em funcionamento desde a década de 1970, a UBS da Vila Fraternidade foi desativada em 2013 e um ano depois foi demolida porque, segundo a alegação do poder público naquele período, o local havia se transformado em um mocó para moradores de rua. Junto com a demolição veio a promessa de que uma nova estrutura seria construída no terreno, mas isso só veio a acontecer seis anos depois.

Hoje, a construção da unidade segue parada após a Prefeitura Municipal romper com a empresa que executava a obra pelo atraso no cronograma. O contrato assinado no final de 2019 previa um investimento de R$ 994 mil. Com o passar dos meses, os problemas se acumularam com atrasos, notificações da Secretaria de Obras e aumento da cobrança da população local. A construção parou na metade, com 44% dos trabalhos executados.

Para dar continuidade ao serviço, a Prefeitura buscou as seis empresas que haviam participado da licitação, mas não houve avanços, especialmente pelos valores propostos na licitação, conforme duas empresas responderam à FOLHA em fevereiro deste ano. O teto máximo orçado pela Prefeitura na licitação foi de R$ 1.384.896,00.

O projeto da UBS da Vila Fraternidade prevê 311 metros quadrados de construção, com recepção com banheiros (com acessibilidade), fraldário, consultórios médicos e odontológico, sala de aplicação de medicamentos, sala de imunização, sala de inalação, curativos, suturas e coleta de material, sala para atividades em grupo, sala de administração, farmácia, copa e estacionamento para servidores.

Enquanto a construção segue parada, os pacientes foram realocados primeiramente para a unidade da Vila Ricardo, mas devido a pandemia a UBS passou a atender exclusivamente os casos de síndromes respiratórias e os atendimentos foram remanejados para o Jardim Interlagos, distante cerca de dois quilômetros da Vila Fraternidade.

VILA BRASIL, VIVI XAVIER E LERROVILLE

As obras das UBS da Vila Brasil (centro), Vivi Xavier (zona norte) e no distrito de Lerroville (zona sul) também estão paradas devido ao rompimento de contrato entre a Prefeitura de Londrina e a empresa vencedora da licitação, responsável pelas três obras. A quebra de contrato seu deu também pelo atraso no cronograma de serviços.

Segundo Canhada, a empresa vencedora deverá ser anunciada em breve "e a expectativa é de que a ordem de serviço seja assinada dentro de 30 dias". A UBS da Vila Brasil está com 66% do cronograma financeiro executado e a longa espera para a conclusão da obra também tem gerado transtornos à população.

UBS da Vila Brasil: portas fechadas desde janeiro de 2020
UBS da Vila Brasil: portas fechadas desde janeiro de 2020 | Foto: Micaela Orikasa/Grupo Folha

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