Rede municipal volta às aulas com foco na recomposição do ensino
Alunos retornaram para ano letivo pela primeira vez sem restrições desde a pandemia de Covid-19; estudantes receberam uniforme e material
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 06 de fevereiro de 2023
Alunos retornaram para ano letivo pela primeira vez sem restrições desde a pandemia de Covid-19; estudantes receberam uniforme e material
Pedro Marconi

Aluna do 3º ano do ensino fundamental da escola municipal Cecília Hermínia Oliveira Gonçalves, no jardim Sabará, zona oeste de Londrina, Emanuely do Nascimento, 8, não via a hora de voltar a encontrar os amigos. “Gosto de estudar e estou muito feliz que estamos tendo aula de novo. Aprendo aqui e me divirto”, contou. Ela faz parte dos 46 mil estudantes da rede municipal de ensino, que após quase dois meses de férias retornaram para a sala de aula nesta segunda-feira (6).
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Foi a primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, que as aulas foram retomadas em sua totalidade e sem restrições. No ano passado, por exemplo, a volta foi facultativa no formato presencial. Um dos focos da secretaria municipal de Educação para o atual ano letivo é seguir com a recomposição do que ficou defasado no período de ensino remoto e sem aulas. Neste primeiro mês, os professores farão uma avaliação pedagógica dos estudantes.
“Uma criança que tinha quatro anos no começo da pandemia está no segundo ano agora, com sete. Então, como foi esse período? Ela conseguiu aprender tudo o que aprenderia em dias normais. Os nossos professores fizeram ano passado um trabalho quase artesanal para descobrir como cada criança estava para investir na recuperação. São crianças que deveriam fazer fração e não estão, que deveriam estar fazendo multiplicação”, destacou a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes.
A secretária projeta que um trabalho intensivo nos próximos meses pode fazer com que as crianças cheguem no final do ano com o aprendizado esperado para cada faixa etária. “Se o aluno tiver muita dificuldade, é encaminhado para o contraturno, que é um reforço escolar, em que a criança vem no período contrário da aula para poder desenvolver exatamente a habilidade que está faltando”, pontuou.
KIT ESCOLAR
Neste início de semana, as crianças receberam kits com material escolar, que foram organizados de acordo com a idade e personalizados com os bonecos do Programa VIDA, da secretaria de Educação, que debatem o acolhimento, afeto e o bem-estar das crianças. Os produtos custaram R$ 5,6 milhões para o município. “Cada aluno tem uma necessidade, mas é algo muito bacana (poder nivelar) e nós vamos ampliar para cada vez mais dar melhores condições de trabalho para os professores e qualidade no ensino para os alunos. Os materiais serão repostos durante o ano”, ressaltou o prefeito Marcelo Belinati.

Além dos materiais, os estudantes ganharam os uniformes novos. São quase 140 mil peças de roupas, sendo 92 mil camisetas manga curta (duas para cada aluno) e 46 mil bermudas. A costureira Olga Medenski foi logo que a escola abriu para pegar as roupas para os netos, Victor Hugo, 10, e Davi Lucca, 8. “Achei ótimo o uniforme e o material escolar. O dinheiro que iria gastar dá para economizar e investir em outra coisa com eles”, opinou.
REFORMAS
Trinta e sete unidades escolares foram reformadas para o começo de ano letivo. “A reforma é constante. Sempre tem pedreiro, pintor, encanador em escola. O que fizemos em janeiro foi um intensivo em dezenas de escolas ao mesmo tempo para fazer as grandes intervenções que não conseguimos fazer durante as aulas. Todas essas unidades estão funcionando”, explicou Maria Tereza Paschoal de Moraes.
REDE ESTADUAL
Na rede estadual, 84.757 alunos voltaram às aulas nesta segunda-feira na área do NRE (Núcleo Regional de Educação) de Londrina e nas unidades conveniadas. Somente em Londrina são 50.079 adolescentes. Neste ano, a educação integral foi ampliada e agora são 27 colégios com o ensino em dois turnos. “A educação integral objetiva desenvolver a formação acadêmica por excelência, para a vida e de competências para o século XXI”, citou Jéssica Pieri, chefe do NRE de Londrina.
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