A construção do viaduto na BR-369, no cruzamento com a avenida Jockei Club, na zona oeste de Londrina, deve começar a impactar o trânsito nesta semana. Segundo representantes do Consórcio 369 Londrina, até domingo (22) haverá a interdição de uma faixa de rolamento da rodovia no sentido Cambé-Londrina. A via conta com três pistas no total. O trecho é de aproximadamente 600 metros e vai da rua Londrina Esporte Clube até a J. Macêdo.

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O cronograma da obra e as futuras rotas alternativas foram apresentadas pela empreiteira para autoridades locais, empresários da região e polícias Federal e Estadual durante reunião na manhã desta segunda-feira (16), na sede da SRP (Sociedade Rural do Paraná). O encontro foi promovido pela Comissão de Infraestrutura do Norte do Paraná.

A construtora também informou que a previsão é de que o bloqueio do acesso para a avenida Jockei Club, tanto para quem entra, quanto para aqueles que saem, deve acontecer em um mês. Quando isso ocorrer, os motoristas deverão desviar pela rua Serra dos Pirineus, ou seja, por dentro do jardim Bandeirantes, que tem ruas estreitas.

A mudança, que deve durar cerca de três meses, vai mexer com a rotina, principalmente, das 2.500 pessoas que estudam no campus da PUC (Pontifícia Universidade Católica). “É uma obra que traz um transtorno muito grande, porém, acredito que começamos de uma forma diferente, com comunicação. Acredito que quem vem no sentido Londrina para a universidade terá que percorrer um trecho de um quilômetro a mais. O problema não será a distância, mas o movimento. As pessoas terão que sair mais cedo, porque o trânsito será complicado”, avaliou Nádina Moreno, diretora da instituição na cidade.

PLANEJAMENTO

As intervenções tiveram início em setembro, com galerias, e a previsão de término do viaduto é 15 meses, ou seja, novembro de 2024. O planejamento da empresa é que até dezembro deste ano sejam executadas a marginal e a rotatória sul (sentido Cambé-Londrina). Já de janeiro a fevereiro está programada a edificação da marginal e rotatória norte (sentido Londrina-Cambé) e de março a novembro – período que tem a ExpoLondrina - o trabalho se concentrará na rodovia, com o viaduto em si, e a ligação das duas rotatórias.

Encontro reuniu autoridades locais, polícias e empresários
Encontro reuniu autoridades locais, polícias e empresários | Foto: Pedro Marconi

Durante os serviços na BR-369, por exemplo, o tráfego será desviado para as marginais e outras rotas provisórias. A obra impacta, diretamente, pelo menos 11 empresas. “Vamos ter várias interdições que vão avançando gradualmente para que o impacto seja minimizado junto à sociedade, trânsito, comércio e indústria. Infelizmente não tem como não ter impacto, pois, é um viaduto dentro da cidade e com toda a área já ocupada”, ponderou Marco Aurélio Sguario, superintendente regional do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná).

PREOCUPAÇÕES

Além dos trajetos indicados pela empreiteira, a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) sugeriu a criação de duas rotas alternativas, em terrenos do município, o que demandaria a construção de novas pistas provisórias por parte do consórcio. As vias ficariam nas proximidades de uma churrascaria e de um supermercado atacadista.

“Quando entra na Serra dos Pirineus, são ruas internas de um bairro para absorver esse movimento. Ficamos preocupados, já que existem residências. São ruas que não foram projetadas para receber esse tipo de fluxo, por isso, propusemos as duas rotas alternativas. O DER disse que não está no escopo da obra, mas vamos insistir”, argumentou Marcelo Cortez, presidente da companhia.

Rodovia será elevada
Rodovia será elevada | Foto: Reprodução

Outra preocupação é com o movimento de veículos que deve aumentar na PR-445, uma das rodovias com mais acidentes e mortes na região. “É uma via que falamos que é uma avenida dentro da cidade, pois, muitas pessoas utilizam para se deslocar de uma região à outra. O comando da PRE (Polícia Rodoviária Estadual) na região também tem essa preocupação. Embora a rodovia não seja de competência do município, os números (de acidentes) vêm para o município. Também trouxemos essa discussão para a reunião”, advertiu Cortez.

SINALIZAÇÃO

Presidente da Comissão de Infraestrutura, o deputado estadual Tiago Amaral afirmou que a reunião ajudou a tirar dúvida dos empresários e lideranças, além de debater algumas soluções para diminuir o impacto da obra. “Temos uma questão de um desvio em frente a Cacique, na avenida Tiradentes. A PRF é, historicamente, contra a abertura, mas colocou no encontro que se for por um período relativamente curto, com a sinalização bem feita, aceitariam a abertura do retorno para não travar todo o fluxo que seria desviado para a região da Serra dos Pirineus”, comentou.

Toda a sinalização dos desvios e alertas terá que ser feita pela empreiteira. “A prefeitura ficará responsável por dar apoio e levar as informações para o Google Maps e para o Waze, que são as principais plataformas de GPS que os motoristas utilizam”, explicou o parlamentar. A construtora irá divulgar e atualizar as informações sobre as interdições por meio de um perfil no Instagram (@viadutobr369).

HISTÓRICO

O viaduto da PUC, como é chamado, é uma demanda antiga da cidade e vai custar R$ 31 milhões, recurso do Governo do Estado. A primeira empresa que venceu o edital teve o contrato rompido em junho, após não cumprir o contrato. A segunda colocada no certame foi convocada.

A obra prevê a elevação das pistas da rodovia federal e implantação da passagem inferior com duas pistas duplas ligadas a duas rotatórias, permitindo a entrada e saída na rodovia, assim como a ligação entre as vias municipais de acesso, separando o tráfego local do tráfego de longa distância.

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