A dona de casa Ana Maria Batista mora há cerca de dez anos no conjunto Avelino Vieira, na zona oeste de Londrina, e diz que já perdeu a conta de quantas vezes a ponte que fica na divisa com Cambé ficou alagada. “Qualquer chuva mais forte que dá a água sobe demais e encobre a rua. Ainda tem o barro e vira um perigo. Quando isso acontece não é possível passar e a solução é dar a volta. O ruim é que a ponte é rota do ônibus”, relatou.

A ponte, localizada na rua Barão do Cerro Azul – no limite do jardim Novo Bandeirantes (Cambé) com o Avelino Vieira -, deve, enfim, ser reformada no ano que vem, com a construção de uma estrutura por onde passa o Córrego Esperança. As prefeituras de Cambé e de Londrina entraram em acordo para a revitalização.

“Tinha um impasse eterno sobre quem teria responsabilidade. Conversamos com o prefeito Marcelo Belinati e definimos que, ao invés de ficar nessa discussão, que não levaria à reconstrução da ponte, vamos fazer a obra, dividindo o custo”, explicou o prefeito Conrado Scheller.

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O projeto indicando os serviços a serem executados será contratado pelo Executivo cambeense, que vai aproveitar a terceirizada para também confeccionar projetos para revitalizar outas pontes do município. A licitação está tramitando na secretaria municipal de Administração e a expectativa é de que seja lançada ainda neste mês.

Posteriormente, com o valor definido, a Prefeitura de Cambé vai lançar um novo edital para contratar uma empresa para fazer uma nova ponte, dando mais vasão para a água do córrego. “A empresa vai entregar o termo de referência e partimos para a licitação para executar o projeto completo. Na sequência, vamos sentar para ver se Londrina paga metade ou fazemos a ponte e depois a prefeitura nos restitui”, afirmou. “Acredito que até o segundo semestre do ano que vem a obra comece. Vamos fazer uma nova ponte e não remendo”, frisou.

DESENVOLVIMENTO

Scheller avaliou que a reestruturação da divisa entre as duas cidades também pode trazer benefícios econômicos para a região. “É um local de grande fluxo, onde passa cambeense, londrinense. Esse problema, além do perigo, impede o desenvolvimento econômico daquele local. Não valoriza a região, porque sempre tem esse transtorno. Acredito que a construção da ponte, com o paisagismo e valorização imobiliária, pode promover desenvolvimento social.”

Em janeiro deste ano, um temporal levou uma enxurrada para a ponte, que ficou intransitável. Na época, um motociclista tentou atravessar e teve a moto arrastada. Dias antes, a Prefeitura de Cambé já havia feito uma barreira de terra para “segurar” a água e removeu entulhos, após outro episódio de transtornos.

OUTRAS PONTES

O poder público cambeense afirmou que pretende revitalizar, a partir do ano que vem e de forma gradativa, outras sete pontes da cidade. Entre as estruturas estão a dos bairros Ecoville e Cristal e da rua Rio Pirapó, estas com todos os recursos do município.

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