A FEL (Fundação de Esportes de Londrina) pretende conceder de forma onerosa a Praça da Juventude da Zona Norte, na avenida Henrique Mansano, para cuidado e investimento da iniciativa privada, inclusive associações da área esportiva. “Temos uma situação orçamentária (limitada), falta de funcionários e com um particular as pessoas poderão usufruir melhor do espaço. O interessado, por exemplo, poderá colocar uma lanchonete, uma escolinha, desde que cuide do espaço”, explicou Gustavo Richa, presidente em exercício da FEL.

A fundação lançou um chamamento público - sondagem de mercado - para receber manifestações de agentes ligados ao segmento que queiram contribuir e apoiar voluntariamente com ideias sobre essa possibilidade de “terceirização”. Uma reunião está marcada para o dia 13 de fevereiro, quando será apresentada a ideia. Os interessados terão 45 dias, a partir deste encontro, para entregar a proposta de modelo de negócios. “Queremos saber se a comunidade tem interesse, se é viável ou não.”

O complexo esportivo foi inaugurado em 2014 e virou cenário de vandalismo e destruição. Caixas de energia são constantemente arrombadas e a fiação furtada, as salas tiveram vidros quebrados e foram pichadas e a tela da quadra foi cortada. Os banheiros estão completamente destruídos e até pessoas em situação de rua têm dormido no espaço.

Reportagem publicada no ano passado mostrou o quadro de abandono o destruição: muros quebrados, vidros estilhaçados, banheiros sem condição de uso, muito lixo, entre outros problemas.

Entre os questionamentos que o poder público busca responder nesta sondagem com os possíveis interessados no projeto estão o modelo de negócio ideal, se seria viável a contrapartida do município em serviços de manutenção corretiva e preventiva e quais investimentos teriam que ser exigidos para fazer o repasse oneroso da praça.

PRAZO ESTABELECIDO

Em 2021, a prefeitura instituiu o Programa Municipal de Concessões e Parcerias, que pretende viabilizar a formalização de novos contratos de concessão firmados pelo município com a iniciativa privada. Diferentemente das privatizações, este programa prevê contratos de parcerias entre poder público e privado com prazo previamente estabelecido.

Richa afirmou que este tipo de iniciativa pode ser replicado em outras áreas esportivas, como a Praça da Juventude da Zona Sul, que também está abandonada. “É uma forma de fomentar o esporte com a participação maior da comunidade”, ressaltou.

PARALISAÇÕES E RETOMADAS

A Praça da Juventude foi concluída e inaugurada no início de 2014, depois de mais de três anos de paralisações e retomadas. O projeto previsto para custar R$ 1,9 milhão, consumiu R$ 2,2 milhões em recursos públicos, liberados pelo governo federal. Quando foi inaugurado, o complexo esportivo e de lazer contava com quadra poliesportiva coberta, campo de futebol, quadra de vôlei de areia, pistas de caminhada e skate, além da estrutura administrativa.

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