Imagem ilustrativa da imagem Por que é perigoso dar chocolate ou açúcar para o pet
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A médica veterinária Isabelli Kono, especialista em toxicologia veterinária, explica que vários alimentos podem causar intoxicação ou envenenamento em cães e gatos. “Por isso, o ideal é que o pet consuma ração ou alimentação natural prescrita e balanceada por médico veterinário nutricionista, pois assim também evita desequilíbrios nutricionais”, destaca. Quando ocorrem intoxicações, em geral esses animais apresentam vômito, diarreia, sintomas neurológicos como andar cambaleante. Eles também podem pressionar a cabeça na parede ou apresentar convulsões.

“Os principais alimentos tóxicos são abacate (pode causar vômito e diarreia); açúcar (diarreia grave, obesidade, diabetes melitus); alho e cebola (anemia hemolítica, gatos são mais sensíveis que os cães). A cebola possui mais composto tóxico que o alho, portanto é mais tóxica)", detalha Kono.

O café, o chá e o chocolate possuem metilxantinas, extremamente tóxicas, afetando trato digestório e sistema nervoso. “Cuidados especiais devem ser tomados na Páscoa); uvas e passas promovem lesão renal, mecanismo tóxico pouco conhecido; xilitol (especialmente em tutores atletas ou que fazem dieta, o uso dessa substância se tornou comum para substituir o açúcar e é presente em chiclete, balas, doces. Em cães há um quadro neurológico minutos após a ingestão)", explica a especialista.

FORA DE CASA

Sobre o hábito dos gatos de saírem de casa, ela faz uma recomendação. “Sempre que um tutor tenha interesse em adotar um gato, é importante castrá-lo o mais rápido possível, pois pode diminuir esse comportamento. O ideal é sempre manter o animal dentro de casa, pois, além de evitar intoxicação, evita que ele contraia outras doenças como FIV (virus da imunodeficiência felina) ou FeLV (virus da leucemia felina)”, aconselha. Ela reforça que telar portas e janelas não é confinamento. “É proteção ao seu animalzinho!”, argumenta.

Em caso de intoxicação ou envenenamento, ela recomenda dirigir-se imediatamente a um médico veterinário, levando o possível composto tóxico ou planta para que o profissional possa identificar e prosseguir no tratamento adequado. Outra recomendação é treinar para que o animal evite esses tipos de alimentos ou plantas durante os passeios.

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