A Polícia Civil instaurou uma investigação para descobrir quem vandalizou o restaurante Ghada, localizado na rua Maranhão, centro de Londrina, alvo de uma polêmica nacional no início deste mês, quando o proprietário jogou água em um morador de rua para espantá-lo da porta do estabelecimento. Um vídeo que flagrou o ato viralizou nas redes sociais e gerou protestos na frente do comério.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia quer identificar pichadores de restaurante alvo de polêmica em Londrina
| Foto: Isaac Fontana/Framephoto/Folhapress

Após esse episódio, algumas pessoas picharam a parede e quebraram os vidros do Ghada. Segundo o delegado Mozart Rocha Gonçalves, que cuida do caso, o empresário e sua esposa receberam até ameaças de morte. Ele registrou um boletim de ocorrência na delegacia, o que motivou o início da apuração policial.

"Quem praticou esse vandalismo pode responder por pichação, que tem pena de três meses a um ano segundo a Lei de Crimes Ambientais, além de dano e ameaça", disse Gonçalves. No BO, o comerciante menciona que imagens de câmeras de segurança mostram pelo menos três pessoas pichando o restaurante, entre elas uma mulher. "Ele ficou de trazer as gravações, que serão importantes para a identificação dos responsáveis", esclareceu.

Sobre o vídeo que circulou pelo Brasil inteiro, o delegado vislumbra, a princípio, o crime de injúria. Porém, para que a investigação prossiga, a vítima tem que prestar queixa. "Isso ainda não aconteceu, mas ela pode fazer o registro em até seis meses. É condição para abertura de qualquer procedimento investigatório".

Procurado, o dono do Ghada não quis se manifestar, mas informou que o estabelecimento permanece aberto após a polêmica. Na época, em entrevista à FOLHA, ele declarou que as pessoas estavam vendo só um lado da história. "Chego aqui pra trabalhar e encontra a calçada fedida, cheia de xixi e coco que esse morador faz durante a noite. A gente precisa limpar o local para receber os clientes e ele sempre se nega a sair. Já ligamos para a Polícia Militar, pra Guarda Municipal e para a Assistência Social, mas ninguém consegue resolver o problema", relatou.