A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que o ônibus que se envolveu no gravíssimo acidente na noite de quarta-feira (30) em Sapopema, no Norte Pioneiro do Paraná, não tinha autorização para transporte interestadual de trabalhadores. Onze pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas.

O ônibus levava funcionários de uma empresa de manutenção de equipamentos que iriam trabalhar pelas próximas duas semanas no reparo de peças na unidade da Klabin que fica em Telêmaco Borba. O veículo havia saído por volta das 13h de quarta da cidade de Três Lagoas, no interior do Mato Grosso. O motorista teria perdido o controle em um trecho de curva e caído numa ribanceira.

Segundo a ANTT, o ônibus também consta como inativo para fretamento na relação de frota da empresa proprietária do veículo junto à base dados do Detran (Departamento de Trânsito). Além disso, não havia apólice de seguro de responsabilidade civil. “Em consulta ao sistema da ANTT não foi encontrado cadastro ativo do condutor Adilson Dias, motorista que veio a óbito no acidente”, destaca a nota enviada pela agência, que disse lamentar as mortes.

VÍTIMAS FATAIS

Todos os homens que perderam a vida no acidente foram oficialmente identificados pelo IML (Instituto Médico Legal) de Londrina, para onde os corpos foram levados. Das mortes, sete foram constatadas ainda no local e outras quatro aconteceram durante o socorro nos hospitais. A idade dos trabalhadores que faleceram varia de 28 a 64 anos.

São pessoas que viviam na Bahia, Mato Grosso do Sul, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Piauí e Alagoas. “As famílias estão conversando com a empresa, que demonstrou estar auxiliando (para o translado). Os corpos já estão guardados, preservados e assim que comparecerem (no IML) já serão liberados”, explicou Cristiane Batilana, chefe do instituto em Londrina. Por volta das 9h30 carros funerários chegaram na sede do instituto para a retirada dos primeiros corpos.

FERIDOS

Dos sobreviventes que continuam internados, um está no HU (Hospital Universitário) de Londrina. De acordo com a assessoria, o trabalhador está orientado, passou por procedimento cirúrgico, mas ainda em avaliação sobre a necessidade de novas intervenções.

A reportagem não conseguiu contato com a empresa responsável pelo transporte dos trabalhadores.

Atualizada às 12h19

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