A prefeitura deu mais dois meses de prazo para conclusão da obra da sede do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Londrina, na avenida Dez de Dezembro. A última prorrogação de contrato venceu no domingo (13) e a nova data para entrega agora é 11 de janeiro. O pedido da empresa por mais tempo foi aceito pela secretaria municipal de Obras e Pavimentação, gestor do contrato e está com o secretário de Gestão Pública para que seja formalizado. Este é o 13º aditivo liberado para a construtora, entre prazo e financeiro.

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A empreiteira responsável pelos serviços, que tem sede no Rio Grande do Sul, alegou ao município que a edificação tinha um projeto de prevenção de incêndio aprovado pelo Corpo de Bombeiros desde o processo licitatório, no entanto, durante pré-vistoria a corporação indicou a necessidade de mais um hidrante e readequação de escada.

Além disso, a construtora argumentou que um aditivo de R$ 300 mil solicitado em novembro de 2021, ou seja, há um ano, ainda está tramitando nos órgãos estaduais. A obra custa cerca de R$ 4,5 milhões, sendo que a maior parte do montante é da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). A empresa ainda apontou que terá que corrigir pendências de cabeamento.

Secretário municipal de Saúde, Felippe Machado afirmou que se reuniu nesta semana com engenheiros do município e requisitou que a empresa fosse cobrada para, se possível, fazer a entrega antes da última data acordada. “Quem faz o monitoramento e concessão (dos aditivos) são os técnicos da secretaria de Obras. Para nós, da Saúde, sempre há a expectativa de entregar dentro do cronograma, mas situações não previstas acabaram fazendo com que esse prazo se estendesse. É uma obra grande e houve problemas identificados somente no curso da execução”, ponderou.

MEDIÇÃO

A obra do Samu começou em julho de 2020, com previsão de término em 12 meses. Entretanto, os últimos dois anos foram marcados por idas e voltas, com a empreiteira não concordando com os valores a mais autorizados pelo poder público municipal diante do aumento no preço de insumos, entre outros questionamentos. A construção chegou a ficar totalmente paralisada por mais de um mês no primeiro semestre desse ano.

Em fiscalização no início de outubro, representantes da prefeitura adiantaram que a finalização não aconteceria até 13 de novembro, porém, garantiram que tudo estaria pronto até o final do mês ou, no máximo, dezembro. Medição do mês passado apontou 73,64% de execução total dos trabalhos. Nesta quinta-feira (17), operários atuavam no lugar, que já teve o heliponto construído, a parte de pintura praticamente pronta e o gramado plantado na calçada de fora.

Machado ressaltou que paralelamente às intervenções, a pasta está confeccionando os móveis e adquirindo os equipamentos que serão instalados. “Tão logo a empresa conclua poderemos entrar com todo o ‘enxoval’ e rapidamente colocar em funcionamento.”

ALUGUEL

Atualmente, o Samu está dividido em duas bases com endereços distintos: uma para as atividades de regulação, na Alameda Manoel Ribas, centro; e outra para abrigar ambulâncias e veículos, na rua Dib Libos, região leste. Somente pelo prédio na área central, onde também, funciona a Farmácia Municipal e o Conselho Municipal de Saúde, o aluguel é de R$ 14 mil mensais. A unidade móvel, com o helicóptero, fica no aeroporto Governador José Richa.

O novo imóvel terá piso térreo e mais três andares. No primeiro andar, por exemplo, ficará a equipe de regulação e alojamentos; no segundo almoxarifado, salas de coordenação médica e de enfermagem; e no terceiro espaço para treinamento e auditório. A regional do Samu de Londrina atende 21 municípios.

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