Obra do Samu de Londrina tem novo aditivo de prazo
Entrega deveria ter sido em 13 de novembro, mas prefeitura deu mais dois meses após pedido da empresa, que alegou serviços extras
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Entrega deveria ter sido em 13 de novembro, mas prefeitura deu mais dois meses após pedido da empresa, que alegou serviços extras
Pedro Marconi - Grupo Folha
A prefeitura deu mais dois meses de prazo para conclusão da obra da sede do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Londrina, na avenida Dez de Dezembro. A última prorrogação de contrato venceu no domingo (13) e a nova data para entrega agora é 11 de janeiro. O pedido da empresa por mais tempo foi aceito pela secretaria municipal de Obras e Pavimentação, gestor do contrato e está com o secretário de Gestão Pública para que seja formalizado. Este é o 13º aditivo liberado para a construtora, entre prazo e financeiro.
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A empreiteira responsável pelos serviços, que tem sede no Rio Grande do Sul, alegou ao município que a edificação tinha um projeto de prevenção de incêndio aprovado pelo Corpo de Bombeiros desde o processo licitatório, no entanto, durante pré-vistoria a corporação indicou a necessidade de mais um hidrante e readequação de escada.
Além disso, a construtora argumentou que um aditivo de R$ 300 mil solicitado em novembro de 2021, ou seja, há um ano, ainda está tramitando nos órgãos estaduais. A obra custa cerca de R$ 4,5 milhões, sendo que a maior parte do montante é da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). A empresa ainda apontou que terá que corrigir pendências de cabeamento.
Secretário municipal de Saúde, Felippe Machado afirmou que se reuniu nesta semana com engenheiros do município e requisitou que a empresa fosse cobrada para, se possível, fazer a entrega antes da última data acordada. “Quem faz o monitoramento e concessão (dos aditivos) são os técnicos da secretaria de Obras. Para nós, da Saúde, sempre há a expectativa de entregar dentro do cronograma, mas situações não previstas acabaram fazendo com que esse prazo se estendesse. É uma obra grande e houve problemas identificados somente no curso da execução”, ponderou.
MEDIÇÃO
A obra do Samu começou em julho de 2020, com previsão de término em 12 meses. Entretanto, os últimos dois anos foram marcados por idas e voltas, com a empreiteira não concordando com os valores a mais autorizados pelo poder público municipal diante do aumento no preço de insumos, entre outros questionamentos. A construção chegou a ficar totalmente paralisada por mais de um mês no primeiro semestre desse ano.
Em fiscalização no início de outubro, representantes da prefeitura adiantaram que a finalização não aconteceria até 13 de novembro, porém, garantiram que tudo estaria pronto até o final do mês ou, no máximo, dezembro. Medição do mês passado apontou 73,64% de execução total dos trabalhos. Nesta quinta-feira (17), operários atuavam no lugar, que já teve o heliponto construído, a parte de pintura praticamente pronta e o gramado plantado na calçada de fora.
Machado ressaltou que paralelamente às intervenções, a pasta está confeccionando os móveis e adquirindo os equipamentos que serão instalados. “Tão logo a empresa conclua poderemos entrar com todo o ‘enxoval’ e rapidamente colocar em funcionamento.”
ALUGUEL
Atualmente, o Samu está dividido em duas bases com endereços distintos: uma para as atividades de regulação, na Alameda Manoel Ribas, centro; e outra para abrigar ambulâncias e veículos, na rua Dib Libos, região leste. Somente pelo prédio na área central, onde também, funciona a Farmácia Municipal e o Conselho Municipal de Saúde, o aluguel é de R$ 14 mil mensais. A unidade móvel, com o helicóptero, fica no aeroporto Governador José Richa.
O novo imóvel terá piso térreo e mais três andares. No primeiro andar, por exemplo, ficará a equipe de regulação e alojamentos; no segundo almoxarifado, salas de coordenação médica e de enfermagem; e no terceiro espaço para treinamento e auditório. A regional do Samu de Londrina atende 21 municípios.
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