O número de garis a trabalhar na coleta de lixo domiciliar em Londrina deverá aumentar a partir do novo contrato de prestação de serviço, que deverá ser firmado nas próximas semanas entre a empresa que vencer a licitação e a CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização).

Imagem ilustrativa da imagem Novo contrato de coleta de lixo em Londrina prevê mais garis
| Foto: Rodolfo Gaion/CMTU

Ao todo, serão contratados 114 coletores, sendo 15 trabalhadores a mais em atuação. O trabalho de coleta manual e mecanizada dos resíduos domiciliares orgânicos e rejeitos é prestado desde 2017 no município, pela empresa Kurica Ambiental, mas o contrato atual vencerá no dia 24 de março.

Dessa forma, um edital de licitação, na modalidade pregão presencial foi lançado no dia 20 de janeiro e a avaliação das propostas deve acontecer em 8 de fevereiro. Segundo o diretor de Operações da CMTU, Álvaro do Nascimento, há tempo hábil para definir qual empresa irá executar o serviço, sem prejuízos ao serviço.

Ele explica que o incremento no número de coletores ajudará na eficiência dos serviços. "Trabalhamos sempre com uma reserva técnica de 10% para eventuais problemas com caminhões ou entre as equipes", comenta. O número de coletores será dividido por turnos diurno e noturno, com 57 cada. Já a quantidade de caminhões e motoristas não será alterado, sendo um total de 19 caminhões e 38 motoristas. "Um tempo atrás, já havíamos mudado toda a logística do serviço para não ter que aumentar o número de caminhões e o contrato não ficar tão pesado financeiramente”, afirma.

Do total de caminhões, 17 serão utilizados no período diurno e dois caminhões de 19 m³ ficarão na reserva técnica. A disponibilização dos caminhões nos setores de coleta será definida de acordo com as características de demandas de cada setor. Além da área urbana, o serviço contempla os distritos Espírito Santo, Guaravera, Irerê, Lerroville, Maravilha, Paiquerê, São Luiz, Warta, patrimônios e vilas rurais.

TONELADAS DE LIXO

Para o recolhimento de até 11 mil toneladas de lixo a cada mês, a CMTU estipulou o teto de R$ 19.671.960,00 para os 12 meses de vigência do acordo. Vale lembrar que o contrato poderá ser renovado por quatro vezes, atingindo até 60 meses. O valor máximo unitário é de R$ 149,03 para cada mil quilos de lixo retirado das residências.

No contrato anterior o número era de 500 toneladas/mês a menos. Segundo o diretor de Operações, a composição montada dentro do contrato dimensiona o crescimento da cidade. “A quantidade oscila conforme os dias da semana, mas a licitação foi elaborada já prevendo o crescimento da cidade nos próximos anos. Nossa capacidade de atuação está garantida”, frisa.

O contrato anterior previa gastos de até R$ 14,9 milhões, cerca de R$ 4,7 milhões a menos. Somente no ano passado, foram retirados dos domicílios, quase 126 toneladas de rejeitos e materiais orgânicos. Ainda de acordo com Nascimento, "as mudanças não irão provocar nenhum aumento para os contribuintes. Os carnês de IPTU já estão sendo entregues sem alterações na taxa", destaca.

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A Prefeitura de Londrina aplica, desde 2019, o formato de custo incorrido na gestão da coleta seletiva e de resíduos. O modelo soma todas as despesas geradas pelo sistema de coleta, fiscalização, tratamento e destinação final do lixo domiciliar, ao longo de 12 meses, e esse total é rateado entre os imóveis urbanos edificados sujeitos à coleta de lixo domiciliar.

Dessa forma, a gestão pública afirma que no exercício 2022, a taxa de coleta será um pouco menor que o exercício anterior. Utilizando como base as despesas incorridas e apuradas pela CMTU, o custo unitário pela passagem da coleta será de R$ 1,032, contra R$ 1,087 em 2021. Para um imóvel onde são realizadas três coletas semanais, ao considerar 52 semanas no ano, a quantia representa uma taxa de R$ 160,99. No período de novembro de 2020 a outubro de 2021, o custo total foi de R$ 41.915.441,99, uma economia de mais de R$ 1,143 milhões em relação ao ano de 2020.

“Trata-se de um serviço bem avaliado pela população, que atende mais de 250 mil imóveis e só não funciona aos domingos. Mantivemos os mesmos moldes da licitação passada para que, mesmo com o aumento dos insumos e da mão de obra registrado nos últimos anos, o impacto aos cofres públicos fosse o menor possível”, afirma.

O edital pode ser conferido na íntegra aqui. Vencerá o certame a empresa que oferecer o menor preço pela tonelada coletada. Na quantia total prevista em edital, estão incluídas todas as despesas diretas e indiretas decorrentes da execução do trabalho, inclusive impostos, encargos sociais, trabalhistas, previdenciários, fiscais, entre outros. (Com N.Com)

SERVIÇO - A população pode fazer denúncias ou enviar sugestões relacionadas à coleta de lixo, pelo fone: (43) 3379-7900.

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