Mutirão contra dengue recolhe 100 t de materiais na zona norte de Londrina
Ação é realizada nas localidades com maiores índices de infestação do mosquito Aedes aegypti
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 16 de maio de 2022
Ação é realizada nas localidades com maiores índices de infestação do mosquito Aedes aegypti
Reportagem local
A Prefeitura de Londrina recolheu oito caminhões de entulhos deixados nas calçadas das casas dos Jardins Belém e Itapoá, na zona norte de Londrina, durante o mutirão contra a dengue, realizada no sábado (14). Apenas de uma única residência foram retirados quase 3 caminhões. A capacidade de cada veículo varia de 13 a 15 toneladas de entulho, o que totaliza mais de 100 toneladas de materiais recolhidos.
Cerca de 50 agentes municipais de endemias passaram de casa em casa orientando os moradores sobre os riscos de deixar objetos que podem acumular água parada e sobre a importância limpar a casa e os quintais para evitar a proliferação de focos do Aedes aegypti. mosquito transmissor da dengue. Eles também entregaram sacos plásticos para o descarte correto do lixo e, em seguida, os funcionários da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) recolheram os materiais.
Segundo o diretor-presidente da CMTU, Marcelo Cortez, o trabalho nos dois bairros segue nos próximos dias. "Os serviços devem seguir até quarta ou quinta-feira dependendo da quantidade de material para ser retirado, mas a população está colaborando, porque sabe que a grande maioria dos focos da dengue está dentro das casas."
ÍNDICE DE INFESTAÇÃO
Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a ideia do mutirão é justamente intensificar os trabalhos de remoção de criadouros do Aedes aegypti, nas localidades com maiores índices de infestação da dengue. Como a zona norte alcançou 10,25% de índice no último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti de 2022, foi a escolhida novamente para o segundo mutirão contra a dengue. “A expectativa é que até quarta-feira a gente consiga concluir essa etapa, para então irmos nos organizando para no próximo mutirão, em outro local”, disse Machado.
O coordenador de endemias da secretaria municipal de Saúde, Nino Ribas, ressaltou que não é preciso ter a água parada no recipiente para que o mosquito faça a desova. Basta apenas ele sirva de depósito para o mosquito e em uma chuva posterior acumule água, permitindo a eclosão do ovo. “O intuito do trabalho é orientar a população sobre o descarte adequado de recipientes, porque o vetor da dengue não precisa de água parada para desovar e sim qualquer recipiente que possa propiciar o armazenamento desta e dar sequência a proliferação posterior”, esclareceu.
DENTRO DAS CASAS
De acordo com o 2º LIRAa de Londrina, neste ano, 97% dos focos de dengue e criadouros estão dentro das casas e quintais, como em vasos de plantas; potes de água de cachorros; ralos de banheiro, cozinha e lavanderia e objetos jogados no quintal. A recomendação dos agentes de endemias é que a população reserve 15 minutos durante a semana para vistoriar os locais que podem ter água em casa ou no apartamento. A orientação é que os criadouros sejam removidos e descartados em sacos plásticos para a coleta seletiva ou para o recolhimento pelo caminhão de lixo; e que a população não espere que alguém venha resolver o problema, mas, sim, faça a sua parte: limpando a própria casa e seu quintal.
DISQUE DENGUE
As pessoas que verificarem locais com água parada, como em piscinas abandonadas, terrenos, casas e edifícios com descarte irregular de materiais que acumulam água parada devem denunciar no Disque Dengue, pelo 0800-400-1893. Além da dengue, o Aedes aegypti é transmissor da zika, da chikungunya e da febre amarela. (Com informações do N.Com)
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