A Prefeitura de Londrina recolheu oito caminhões de entulhos deixados nas calçadas das casas dos Jardins Belém e Itapoá, na zona norte de Londrina, durante o mutirão contra a dengue, realizada no sábado (14). Apenas de uma única residência foram retirados quase 3 caminhões. A capacidade de cada veículo varia de 13 a 15 toneladas de entulho, o que totaliza mais de 100 toneladas de materiais recolhidos.

Imagem ilustrativa da imagem Mutirão contra dengue recolhe 100 t de materiais na zona norte de Londrina
| Foto: Vivian Honorato -N.com

Cerca de 50 agentes municipais de endemias passaram de casa em casa orientando os moradores sobre os riscos de deixar objetos que podem acumular água parada e sobre a importância limpar a casa e os quintais para evitar a proliferação de focos do Aedes aegypti. mosquito transmissor da dengue. Eles também entregaram sacos plásticos para o descarte correto do lixo e, em seguida, os funcionários da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) recolheram os materiais.

Segundo o diretor-presidente da CMTU, Marcelo Cortez, o trabalho nos dois bairros segue nos próximos dias. "Os serviços devem seguir até quarta ou quinta-feira dependendo da quantidade de material para ser retirado, mas a população está colaborando, porque sabe que a grande maioria dos focos da dengue está dentro das casas."

ÍNDICE DE INFESTAÇÃO

Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a ideia do mutirão é justamente intensificar os trabalhos de remoção de criadouros do Aedes aegypti, nas localidades com maiores índices de infestação da dengue. Como a zona norte alcançou 10,25% de índice no último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti de 2022, foi a escolhida novamente para o segundo mutirão contra a dengue. “A expectativa é que até quarta-feira a gente consiga concluir essa etapa, para então irmos nos organizando para no próximo mutirão, em outro local”, disse Machado.

O coordenador de endemias da secretaria municipal de Saúde, Nino Ribas, ressaltou que não é preciso ter a água parada no recipiente para que o mosquito faça a desova. Basta apenas ele sirva de depósito para o mosquito e em uma chuva posterior acumule água, permitindo a eclosão do ovo. “O intuito do trabalho é orientar a população sobre o descarte adequado de recipientes, porque o vetor da dengue não precisa de água parada para desovar e sim qualquer recipiente que possa propiciar o armazenamento desta e dar sequência a proliferação posterior”, esclareceu.

DENTRO DAS CASAS

De acordo com o 2º LIRAa de Londrina, neste ano, 97% dos focos de dengue e criadouros estão dentro das casas e quintais, como em vasos de plantas; potes de água de cachorros; ralos de banheiro, cozinha e lavanderia e objetos jogados no quintal. A recomendação dos agentes de endemias é que a população reserve 15 minutos durante a semana para vistoriar os locais que podem ter água em casa ou no apartamento. A orientação é que os criadouros sejam removidos e descartados em sacos plásticos para a coleta seletiva ou para o recolhimento pelo caminhão de lixo; e que a população não espere que alguém venha resolver o problema, mas, sim, faça a sua parte: limpando a própria casa e seu quintal.

DISQUE DENGUE

As pessoas que verificarem locais com água parada, como em piscinas abandonadas, terrenos, casas e edifícios com descarte irregular de materiais que acumulam água parada devem denunciar no Disque Dengue, pelo 0800-400-1893. Além da dengue, o Aedes aegypti é transmissor da zika, da chikungunya e da febre amarela. (Com informações do N.Com)

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