O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a PM (Polícia Militar) saíram às ruas de Londrina e de outras três cidades para cumprir 19 mandados de busca e apreensão. A operação Bazófia, como foi denominada, teve como alvo integrantes de uma associação criminosa que ostentava nas redes sociais e em festas bens adquiridos com o dinheiro do tráfico de drogas.

Foram 14 mandados em Londrina, três em Jandaia do Sul, um em Alvorada do Sul, e um em Balneário Camboriú, Santa Catarina. O trabalho, que contou com o apoio do Exército Brasileiro, resultou na apreensão de dois carros de luxo – apenas um deles é avaliado em R$ 300 mil e foi apreendido em um apartamento na Gleba Palhano -, documentos, celulares e R$ 15 mil em dinheiro. Em Jandaia do Sul duas pessoas foram presas em flagrante por posse de arma, acessório e munição de uso restrito.

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De acordo com promotor Jorge Barreto da Costa, a sede da quadrilha era em Londrina. “A investigação apura os crimes de tráfico e associação por tráfico. A característica externa de integrantes desse grupo era justamente a demonstração do dinheiro advindo do tráfico e de outros crimes com veículos de alto valor, bens, objetos e joias de alto valor”, destacou o coordenador do Gaeco na cidade. “Os eventuais crimes de lavagem de dinheiro serão apurados na sequência”, acrescentou.

A investigação começou em abril deste ano, quando o Gaeco requereu judicialmente mandado de busca e apreensão em uma residência na cidade. Durante as buscas no local foram apreendidas uma pistola, munições de uso restrito, um veículo e, principalmente, anotações que demonstraram o envolvimento do grupo criminoso com o tráfico de drogas, além de documentos de imóveis, bens e valores. “Dali deu início a identificação dos demais envolvidos e outros imóveis que seriam utilizados de uma forma ou de outra pela quadrilha.”

FICHA EXTENSA

O MP destacou que durante a apuração foram identificados diversos endereços relacionados aos investigados, geralmente em nome de terceiros, além de pessoas que ajudariam o grupo a ocultar bens e valores. Segundo a instituição, os principais envolvidos no caso têm ficha criminal extensa por tráfico de drogas e crimes contra o patrimônio. Ainda são suspeitos de envolvimento em assassinatos. “O número exato de integrantes da quadrilha ainda não é possível afirmar neste momento (por isso seguem as investigações)”, pontou o promotor.

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