A operação Mar Vermelho, realizada nesta quarta-feira (26), é quarta deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar num período de sete meses contra policiais militares que integram o 30º Batalhão e que fazem parte da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana). Em dezembro de 2022, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão numa investigação instaurada para apurar possível crime de concussão.

PMs teriam exigido, em 2021, a entrega de R$ 10 mil em dinheiro e arma de fogo para não realizarem a prisão em flagrante de um traficante de drogas de Londrina. Os mandados foram cumpridos nas casas dos policiais supostamente envolvidos e nas dependências da Rotam, quando foram encontradas na sede do pelotão várias armas de fogo e munições sem procedência, além de drogas e objetos para o preparo dos entorpecentes.

Em janeiro deste ano, um policial foi preso em flagrante acusado de tráfico de drogas. O soldado foi flagrado por um drone da própria corporação recebendo dinheiro de um homem apontado como o responsável por pontos de tráfico de drogas no jardim Barcelona, na zona norte. O PM seria o chefe do esquema criminoso na região.

No início de julho, num desdobramento do caso de janeiro, foram cumpridos eis mandados de busca e apreensão e quatro de prisão temporária contra policiais suspeitos de associação para o tráfico ilícito de drogas, tráfico de drogas e peculato.

O comandante do 2º Comando Regional da Polícia Militar afirmou que as sequentes operações não comprometem o trabalho da Rotam e nem do 30º Batalhão. “É temerário falarmos que compromete a atuação de uma unidade e de uma instituição tão valorosa como a Polícia Militar. São pessoas que cometeram delitos e estão sendo investigadas por isso. A corporação, de modo geral, tem pessoas que realmente se dedicam diariamente em prol da nossa sociedade”, defendeu o coronel Jefferson Luiz de Souza.

O coronel também refutou a possibilidade de qualquer tipo de mudança no comando no batalhão que tem sede na zona norte de Londrina e é responsável pela segurança de outras seis cidades da região metropolitana.

“O que nos chama atenção é o trabalho forte que está sendo realizado pelo comando da PM, da corregedoria e do 30º Batalhão de investigar os fatos que chegam ao nosso conhecimento e com isenção. Um trabalho que temos fortalecido, o comando do batalhão tem se comprometido e os resultados têm aparecido. Existe a necessidade de apoiar o comando do 30º Batalhão neste momento, inclusive, com o fortalecimento das ações desta unidade”, ressaltou.

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