A Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Londrina deu início a mais uma etapa do projeto "Mãos Empenhadas, junto aos estudantes dos cursos na área de beleza e estética ofertados pelo Clube de Mães Unidas. Nesta semana, 42 mulheres dos cursos de manicure, maquiagem, cabeleireira e design de sobrancelha participaram da atividade. A capacitação será realizada para alunas de outros cursos, nas próximas semanas.

O objetivo do projeto é capacitar as profissionais que atuam diretamente na área da beleza e da estética, como cabeleireiros, esteticistas, depiladoras, manicures, entre outros, para serem futuros agentes multiplicadores de informações no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. A ideia é que esses profissionais, durante os atendimentos, consigam ver detalhes tanto físicos (como cortes, machucados, manchas roxas ou feridas) quanto emocionais (por meio da fala e das expressões faciais) daquelas pessoas que sofreram algum tipo de agressão, seja física, psicológica, financeira, moral ou outra.

Por meio da parceria com o Clube de Mães, uma técnica da Secretaria da Mulher vai até o local ministrar uma aula sobre os direitos das mulheres, o que é violência contra a mulher, como funciona a Medida Protetiva de Urgência e os serviços ofertadas, entre outros. “Algumas mulheres dos cursos relataram que já passaram por situações de violência, conheceram nosso serviço e superaram essa situação. Agora, com mais informações, elas conseguirão identificar isso e passar mais informações para as clientes, sendo multiplicadoras dos serviços que existem na cidade”, contou a diretora do Atendimento Especializada à Mulher da secretaria, Lucimar Rodrigues.

Segundo Rodrigues, a atividade é uma forma importante de conscientização das mulheres, visto que muitas criam um vínculo afetivo e de confiança com os profissionais de beleza que estão habituadas a frequentar. “Como sabemos que já é difícil tomar a decisão de procurar ajuda, e que depois se as vítimas ficarem indo de um lugar ao outro para buscar ajuda, elas acabam desistindo, então é importante que essas profissionais consigam identificar as situações de violência e tenham informações para passar, que mostrem que existem uma rede de proteção."

REDE DE PROTEÇÃO

A ideia é que as vítimas não fiquem peregrinando entre os serviços e tendo informações certas para buscar ajuda nos locais como o CAM (Centro de Referência de Atendimento à Mulher), e utilizem a Casa Abrigo, quando for o caso.

Em Londrina, de janeiro a setembro deste ano, o CAM já realizou 5.940 atendimentos nos setores de acolhida, busca ativa, sociologia, serviço social e de orientação jurídica. Nesse mesmo período, 252 mulheres procuram ajuda pela primeira vez, de acordo com os dados da Secretaria da Mulher.

O projeto Mãos Empenhadas contra a Violência existe em Campo Grande (MS), desde fevereiro de 2017, sendo uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul. Londrina é a primeira cidade do Paraná a replicar esse programa do TJMS. (Com informações do N.Com)

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