Imagem ilustrativa da imagem Manifestantes de Londrina pedem paz na política
| Foto: Marcos Roman - Grupo Folha

Em memória do guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado pelo policial penal federal bolsonarista Jorge Guaranho a em Foz do Iguaçu, no último fim de semana, representantes de movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos de Londrina realizaram na manhã deste sábado (16) um ato no Centro da cidade pedindo o fim dos crimes brutais causados pela intolerância política no país. Com o slogan “Chega de ódio, somos pela paz”, os manifestantes se reuniram às 9 horas, em frente ao chafariz localizado no início da Avenida Paraná e, cerca de uma hora depois, seguiram em caminhada silenciosa pelo Calçadão até a Concha Acústica, onde algumas lideranças discursaram. O manifesto reuniu cerca de 50 pessoas e terminou por volta das 11h30.

Leia mais: Simulação da Polícia Militar tem tiros, explosões e correria

"Em respeito ao luto pela morte do Marcelo Arruda, optamos por fazer essa caminhada em silêncio. Nosso objetivo não foi reunir uma multidão. O que queremos é chamar a atenção para o aumento dos crimes de ódio que estão ocorrendo no país e que devem se tornar ainda mais frequentes com a proximidade das eleições. Para evitar isso, resolvemos sair às ruas pedindo paz”, destacou Laurito Filho, diretor de informação do Sindicato dos Bancários de Londrina e região.

Ele lembrou de alguns casos recentes de crimes que ocorreram no Brasil motivados pela intolerância. “Tivemos o caso do Dom e do Bruno que lutavam pela defesa da Amazônia e foram brutalmente assassinados. O assassinato de Genivaldo [de Jesus], que foi torturado e assassinado pela polícia que utilizou câmara de gás lembrando muito as práticas de genocídio adotada pelos fascistas. E a morte da Mariele Franco, no Rio de Janeiro. Todos esses crimes grotescos foram cometidos contra pessoas com visual e comportamento diferente do estipulado pela chamada tradicional família brasileira. É preciso lembrar que a democracia consiste na convivência pacífica entre pessoas com visões de mundo divergentes que atuam para um mundo melhor. Precisamos defender a democracia e a liberdade de pensamento”, enfatizou.

Com balões brancos, faixas e cartazes, a caminhada pela paz chamou a atenção que quem estava passeando ou trabalhando no Calçadão. “Acho que todos têm direito de se manifestar, mesmo os que pensam diferente da gente, desde que se mantenha o respeito às opiniões alheias. Estão certos em pedir paz. Realmente esses crimes bárbaros que têm acontecido precisam acabar”, ressaltou o técnico de informática Antônio Mendes da Silva. “Paz é realmente uma coisa em falta no Brasil ultimamente. Tomara que as pessoas voltem a se respeitar e a se ajudar ao invés de ficarem brigando por políticos”, salientou a vendedora Maria do Carmo Ferreira.

Imagem ilustrativa da imagem Manifestantes de Londrina pedem paz na política
| Foto: Marcos Roman - Grupo Folha

“Estamos vivendo um momento importante para a reconstrução do Brasil. Cada um de nós precisa refletir todos os dias sobre o que temos feito para ajudar nesse processo, pois político de nenhum partido vai conseguir mudar o Brasil sozinho”, discursou Milena Poloni, integrante do movimento Levante Popular da Juventude – Londrina.

Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1