Estatísticas da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), divulgadas nesta quinta-feira (26), mostram uma queda no número de mortes no trânsito de Londrina em 2022. Ao longo do ano passado, foram registrados 56 óbitos, contra 62 de 2021, uma diminuição de 9,6%. A maioria das pessoas que perdeu a vida nas ruas da cidade estava em idade ativa, entre 18 e 59 anos, totalizando 42. No total, 39 eram homens e 17 mulheres.

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No ano passado foram 9,38 óbitos no trânsito para cada grupo de 100 mil habitantes. Em 2021, o índice foi de 10,5 e, em 2019, 11,64. “Nunca podemos comemorar mortes, mas podemos comemorar que vem caindo o número de óbitos em Londrina, embora consideramos violento (o trânsito)”, avaliou o presidente da companhia, Marcelo Cortez. “É uma questão de comportamento. As mulheres seguem mais as regras, têm uma consciência maior”, acrescentou.

Entre os motociclistas também foi observada a diminuição nos óbitos, que passaram de 29 para 24, no ano passado. Quinze pedestres faleceram em 2022 por conta de acidentes. O volume de sinistros, ou seja, situações que resultaram em danos ao veículo ou em lesões em pessoas ou animais, caiu de 2.932 para 2.708, entre um ano e outro. Foram 3.233 vítimas não fatais.

VIAS VIOLENTAS

Entre as vias mais violentas estão os trechos urbanos da BR-369 e a PR-445, com nove mortes cada. “Temos trechos que cruzam dentro do município, mas não é nossa responsabilidade. Estamos tentando fazer convênio para assumir (a responsabilidade) dentro do trecho urbano. Entendemos que com isso poderíamos intervir de forma mais incisiva para orientação, fiscalização e instalação de equipamentos que possam tentar reduzir a velocidade.”

Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos mortos no trânsito de Londrina em 2022 tinha de 18 a 59 anos
| Foto: Folha Arte

FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA

Se por um lado os óbitos caíram, por outro a quantidade de multas disparou 34,6%. Foram 305.605 registros no ano passado, em que o maior percentual (65,5%) se refere a excesso de velocidade. Cerca de 6,6% foram multas por avanço de sinal vermelho ou parada sobre a faixa de pedestres. Londrina tem uma frota de aproximadamente 407 mil veículos e 79 pontos com fiscalização eletrônica.

Cortez defendeu que os radares são fundamentais para evitar ainda mais acidentes e, por consequência, óbitos. “O radar, por si só, não multa. O que multa é o cidadão passar acima da velocidade permitida no local. A velocidade traz como consequência o atropelamento, a gravidade dos acidentes. Com uma pessoa a 60 quilômetros por hora, caso venha a atropelar a alguém, a chance de virar um óbito é de 80%. A 50 km/h a possibilidade cai para 50%”, alertou.

EDUCAÇÃO

O planejamento para este ano é reforçar as ações orientativas, com blitze educativas, e trabalhos juntos aos alunos da rede municipal de ensino. “As crianças são um grande fator para convencer (as famílias). Em parceria com a secretaria municipal de Educação os alunos terão aulas de trânsito. Os professores estão tendo acesso a vários conteúdos para falar com as crianças semanalmente”, ressaltou.

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