Em coletiva à imprensa realizada na manhã de quarta-feira (18), o prefeito, Marcelo Belinati, e secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, apresentaram novas medidas de prevenção e atendimento relacionados ao novo coronavírus em Londrina. Além de restringir a compra de álcool em gel a 500 gramas por pessoa, também foi anunciada a contratação de 72 médicos e distribuição de equipamentos de saúde para todas as unidades de saúde de Londrina.

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. | Foto: iStock

“Estamos com o pessoal do Procon e, no decreto, restringimos a quantidade de álcool em gel que cada pessoa pode comprar para 500g”, afirma o prefeito. “Vamos nos reunir com a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) para que eles avaliem se será necessário também fazer alguma limitação nesse sentido de outros produtos”, acrescenta.

O Procon também ficou responsável por fiscalizar o preço dos produtos. “O Procon está identificando quem está fazendo isso, que é uma falta de respeito, um momento em que a gente pede solidariedade e a pessoa querendo ganhar dinheiro”, aponta Belinati. Para ele, é fundamental que as pessoas denunciem para que o órgão consiga identificar na cadeia comercial (fabricação, distribuição e venda), quem está aumentando os valores.

SAÚDE

Outra medida declarada pelo prefeito foi a contratação de mais médicos para atender a população impactada pela doença. “Estamos autorizando a contratação de 72 médicos para que a gente possa dar assistência adequada aos pacientes de toda a rede municipal.” Desses, 50 serão por contrato imediato e direto com a prefeitura e 22 serão via Ministério da Saúde, prometidos para o dia 1 de abril.

O município também toma medidas para liberar leitos para os possíveis pacientes que precisarão de atendimento. “Nós estamos trabalhando com os hospitais de Londrina: HU (Hospital Universitário), Irmandade Santa Casa de Londrina e Hospital Evangélico para montar um fluxograma e uma maneira da qual a gente possa ampliar o número de vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para ter a retaguarda necessária e atender aqueles casos que são minoria, mas que inevitavelmente virão a acontecer”, afirma. Para isso, foram suspensas as cirurgias eletivas nesses hospitais.

Imagem ilustrativa da imagem Londrina vai contratar mais médicos e limita venda de álcool em gel
| Foto: Roberto Custódio

O secretário municipal de Saúde mencionou os equipamentos que serão distribuídos em todas as unidades de Londrina. “Estamos entregando respiradores, que vão compor as ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), salas de emergência das nossas UPA (Unidades de Pronto Atendimento), estamos entregando mais de 240 oxímetros para que profissionais de saúde monitorem a questão do oxigênio no sangue do paciente, termômetros para aferir de forma ágil e rápida a temperatura, sem contar os EPI (Equipamento de Proteção Individual)”, comenta Machado. Os materiais serão distribuídos entre as unidades assistenciais de saúde do município.

Os profissionais de saúde receberam capacitação para atender a população suspeita e também os casos confirmados. Também foi criado um serviço de transporte exclusivo para evitar que os suspeitos utilizem o transporte público para realizar exames ou retornarem para suas casas. A população em dúvida quanto ao atendimento, também poderá recorrer ao serviço do Disque Coronavírus. “Profissionais de saúde darão todas as orientações para os cidadãos londrinenses, isso é importante, porque às vezes a pessoa está com resfriado e gripe, ela tem que saber para ir ao local certo e tirar outras dúvidas também em relação ao coronavírus”, afirma o prefeito. Entre a compra de equipamentos e contratação de médicos, a prefeitura investiu R$ 15 milhões.

CASOS DA REDE PRIVADA

Na terça-feira (17), a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) confirmou o primeiro caso confirmado do novo coronavírus em Londrina. Uma mulher de 52 anos contraiu a doença depois de ter passado por países da Europa. Como ela realizou os exames na rede privada, o caso não estava notificado como suspeito na secretaria municipal de Saúde. Isso alertou a pasta para a situação.

SESA CONFIRMA PRIMEIRO CASO DE CORONAVÍRUS EM LONDRINA

“Nós não sabíamos da chegada dessa paciente, as pessoas que estavam no voo, no limite de duas fileiras para frente e duas para trás de onde estava a paciente, deveriam passar por monitoramento, infelizmente não foi feito. Mas a gente pode afirmar que essa paciente foi muito bem orientada nos países por onde passou e, desde seu desembarque, adotou todas as medidas adequadas de restrição de isolamento domiciliar”, afirma o secretário. O marido, que estava com ela na viagem, não foi infectado.

Por conta desse comportamento, o decreto aponta aponta a obrigação de notificação por parte de toda a rede de saúde. “Regulamentamos no decreto, trazendo a obrigatoriedade para qualquer serviço de saúde, seja da rede pública ou da rede privada, consultórios ou hospitais, que façam a imediata notificação dos casos que, porventura, eles achem que possam ser suspeitos”, explica Machado.

Sobre os casos que já passaram pela rede privada, será feita uma revisão para atualização dos números. “Nós solicitamos à rede de laboratórios de Londrina que nos mandassem o resultado de todos os exames que foram colhidos na cidade para que possamos monitorar esses casos”, afirma. Com isso, pode haver um novo número de suspeitos na região. “Devemos receber um número considerável de resultado nos próximos dias e nosso setor de epidemiologia está preparado para fazer esse monitoramento.” Até agora, são 11 casos suspeitos, sete descartados e um confirmado em Londrina.


(Atualizado em 13h34)

Imagem ilustrativa da imagem Londrina vai contratar mais médicos e limita venda de álcool em gel
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